Atitudes descontroladas, escândalos em público e desconfianças infundadas que se transformaram em problemas insustentáveis até afundarem o relacionamento. Como identificar e de que forma agir se você detectar que o ciúme doentio acometeu você ou sua parceira?
Sinais
Especialista no assunto, Dr. Fábio Augusto Caló, do Instituto de Psicologia Aplicada, reforça que sim, nós meros mortais estamos sujeitos a sentir incômodo diante da possibilidade de infidelidade ou perder a companheira. Mas talvez seja hora de procurar ajuda quando você se encontra, como ciumento ou vítima de uma ciumenta, numa dessas situações.
- Muito ciúme o tempo todo
O psicólogo chama atenção para a intensidade e frequência com que as crises de ciúme acontecem. Se você está o tempo todo preocupado com uma possível infidelidade, passa horas pensando na possibilidade perder a companheira e qualquer olhadinha dela para o lado é motivo de briga, você pode estar precisando conversar com alguém sobre o assunto.
- Detetive
Checar as mensagens que ela mandou e recebeu no celular; ver a lista de chamadas recebidas e feitas; invadir o e-mail dela; monitorar a página dela no Facebook para ver quem comenta e curte as fotos dela; e acompanhar cada tweet para saber o que ela está fazendo, onde e com quem. Alerta de perigo! Investir tempo em coisas que não agregam nada a relação não é saudável e só gera irritabilidade e instabilidade ao relacionamento.
- Agressividade
Já partiu para cima de um rapaz que deu em cima da sua namorada? Já foi agressivo, física e/ou verbalmente, com ela por causa de ciúmes? Já quebrou o celular? Já estragou uma saída com brigas? Se a resposta para alguma dessas perguntas foi “sim”, fique sabendo que esse tipo de atitudes não são consideradas normais.
O que fazer
Se você se identificou com os sinais descritos, não se desespere. Apesar de não existir uma pílula anti-ciúme, procurar um tratamento psicológico é uma boa saída. Dr. Fábio afirma que pessoas que sofrem desse ciúme doentio geralmente tiveram uma experiência anterior desastrosa, de um relacionamento sem a sensação de estabilidade, ocasionando baixa autoestima em relações futuras.
A ajuda médica, de um psiquiatra, nem sempre é necessária. Mas, se o psicólogo notar sinais de depressão, delírio ou ansiedade exacerbada, pode optar por um tratamento multidisciplinar.
Se a ciumenta da história for sua companheira, Dr. Fábio aconselha o abandono de atitudes que possam deixá-la com ciúme. Em bom português: Não dê motivo!
O próximo passo é o diálogo. Conversar com ela para entender quais são as suas atitudes que a deixam enciumada, que geram insegurança. Quem sabe conversando você não abre mão daquela balada no estilo pegação com amigos, assim ela para de te incomodar quando você quer só sair para tomar uma cerveja com a galera.
Mas, se a mulher faz o gênero complicada (barraqueira, que perde o controle) e não quer saber de conversa, proponha uma visita ao consultório de um psicólogo. Caso ela recuse, a orientação de um profissional é: “Pule fora!”