Nenhuma outra cidade poderia ser mais peculiar para abrigar o Venustempel, ou Templo de Vênus, também conhecido popularmente como Museu do Sexo, do que a belíssima cidade holandesa de Amsterdã. Seus canais, pontes, cafés decorados e riqueza histórica conseguem fazer qualquer turista esquecer por um instante que ali a prostituição e o consumo de algumas drogas são descriminalizados.
Quem caminha pela estreita rua Damrak pode facilmente passar reto pelo número 18 e nem desconfiar que o pequeno edifício guarda uma coleção inusitada. Fundado em 1985, o Museu do Sexo iniciou suas atividades expondo algumas peças do século XIX, e hoje recebe cerca de 500 mil pessoas por ano.
O ambiente é como um labirinto que surpreende o turista a cada passo com fotos, pinturas, esculturas e objetos sensuais e pornográficos desde a época das Cruzadas. O próprio Venustempel declara que 4 mil anos de civilização mostram que em algumas culturas o sexo era muito mais "tempestuoso" do que atualmente.
Pratos pintados antigos mostram Cleópatra diante de um homem que se masturba, esculturas provam que o Diabo é bem dotado, fotos em preto e branco apresentam senhores de cartola sobre mulheres sorridentes em vestidos clássicos. Através de suas paredes e galerias, o Museu do Sexo traduz em imagens e sensações como o sexo não era um tabu na Idade Média, e de que forma chegamos à repressiva era Vitoriana até a liberação sexual no século XX.
O ingresso do Venustempel custa apenas quatro euros, e lá dentro todos circulam sorridentes e sem constrangimento pelas vitrines, que expõem cintos de castidade e filmes pornô incessantemente. Se você ainda não tem grana para ir até lá, não se preocupe! O site do Museu do Sexo oferece um tour virtual para você sentir o gostinho.
