Quem nunca ouviu falar sobre sexo virtual, cada vez mais recorrente na internet e em escândalos que envolvem políticos, jogadores de futebol e outros tipos de celebridades. Existem diversas URLs voltadas para este tema, como o Dream Cam e o Suicide Girls, que reúnem em um mesmo espaço pessoas interessadas em explorar ao máximo suas fantasias. AreaH fez um tour por elas para entender quais são os atrativos.
Ao visitar o Dream Cam (www.dreamcam.com.br), logo de cara o usuário já encontra a opção de vídeos ao vivo, que trazem nomes conhecidos do pornô nacional, como Bruna Ferraz e Cinthia Santos, em uma espécie de reality show. Elas ficam confinadas em uma casa do sexo, cercadas por câmeras (em sua maioria indiscretas) que narram minuto a minuto o que acontece.
No vídeo chat, existe opção de conversar diretamente com as meninas. O serviço funciona em dois horários diários, um às 16h e outro a partir das 21h. Além de bater papo picante, o internauta ainda pode apreciar as garotas tomando banho ou em poses ousadas, tudo depende do poder de persuasão. Outra ferramenta interessante é o Dream Cam Fone, que como o nome entrega, é uma linha de comunicação entre o usuário e a Dream Girl, para os interessados, o site possui cartões pré-pagos que vão desde os 10 até 50 minutos, voltado para os maiores de 18 anos.
Já o americano Suicide Girls (suicidegirls.com) trabalha de uma maneira um pouco diferente. O site mostra mulheres nuas logo de cara. A página está disposta com textos, depoimentos de usuários, como Doug Madison, membro desde 2002 e que afirma ter conhecido sua esposa por intermédio da página, ele finaliza dizendo que este foi o dinheiro mais bem gasto de sua vida. Além disso, segundo seus fundadores, o chamado padrão de beleza está fora de questão, eles salientam que o intuito é trabalhar com o exótico, o diferente.
Por isso, moças tatuadas, repletas de piercings, cabelos coloridos e de diversas raças e manequins são as atrações. A inspiração vem das pin-ups, garotas maquiadas que abusam das sensualidade.
Ao contrário da maioria dos portais brasileiros, o Suicide ainda disponibiliza entrevistas com astros do entretenimento como o músico Les Claypool e o ator Johnny Knoxville, famoso por seu trabalho no Jackass. Tudo isso faz com que o visitante se sinta ainda mais confortável.
Quando a curtição vira vício
Segundo especialistas, o maior problema desta prática é o risco da pessoa se tornar viciada. O psicoterapeuta junguiano João Rafael faz um alerta, "É preciso ter cuidado, pois um hábito aparentemente inofensivo pode afastar o indivíduo da relação convencional, gerando uma idealização diferente da realidade, como quando este tiver que passar por uma provação."
Por outro lado, se a pessoa tiver o controle total da situação, não há com o que se preocupar, já que segundo a pscicóloga Maria Teresa Reginato de 59 anos, a erotização sempre fez parte da vida do ser humano, "De certa forma o sexo virtual esteve presente em cada época com suas características próprias. Cartas eróticas, livros, filmes, revistas e imagens, o ser humano sempre se relacionou sexualmente de maneiras variadas e nem todas presenciais."
