As cachoeiras, praias e a paisagem exuberante de Ilhabela, município do litoral norte de São Paulo, são o quintal de uma atleta com rosto de garota e um corpinho mignon de dar inveja a muitas modelos. Sua voz calma e serena podem enganar marinheiros de primeira viagem, mas quando em ação Bruna Kajiya mostra como uma mulher pode ser radical.
Campeã mundial de kitesurfe na categoria freestyle em 2009 e vice em 2010, a esportista de apenas 23 anos garante que a dominânica masculina na modalidade nunca a intimidou. O kitesurfe é um esporte radical em que o atleta veleja com uma prancha sob os pés enquanto é puxado por uma pipa amarrada à cintura, a qual conduz com as mãos. "Brinco bastante e até crio meus próprios movimentos mas não levo eles pra competição. Seguimos um pouco o padrão da categoria masculina e tentamos evoluir nesta direção", comenta Kajiya.
A jovem kitesurfista, que se não tivesse seguido a carreira teria cursado a faculdade de comércio exterior, já tem uma vida super corrida. Além das oito etapas do campeonato mundial, ela encara as competições do campeonato brasileiro, eventos e campanhas de seus patrocinadores e ainda encontra tempo para praticar outros esportes, como surf, wakeboard, snowboard e a mulher também manda ver no skate!
Apaixonada pelo kitesurfe, Kajiya começou a competir de brincadeira e quando se deu conta já recebia propostas de patrocinadores. "Só então surgiu a ideia deste esporte se tornar uma profissão", explica a campeã brasileira.
Vivendo hoje do kistesurfe, a atleta considera o nordeste do Brasil um dos melhores lugares do mundo para praticar a modalidade, e não abre mão da sensação de liberdade que o esporte proporciona. "Acredito em ser radical dentro d'água. Fora dela gosto de voltar ao meu universo feminino, me cuidar e ser a mesma Bruna de antes do kitesurfe", conclui Kajiya.