No calor do momento, muitos caras perdem a cabeça bem antes de gozar e são capazes de colocar a saúde em risco por causa de um único boquete. Será que vale a pena ‘chupar bala com papel”? Afinal de contas, ninguém contrai o HIV via sexo oral, certo? Errado!
De acordo com a médica Debby Herbenick, co-diretora do Centro para Promoção de Educação Sexual da Escola de Saúde Pública Bloomington (da Universidade de Indiana, EUA), a felação pode ser a porta de entrada de muitas outras DSTs, quando feita sem proteção.
A especialista alerta que “muito do que pode ser passado durante o sexo vaginal também pode ser passado durante sexo oral”. Entre as doenças mais comuns estão a herpes e a gonorreia -- embora haja tratamento através de antibióticos, já que são de origem bacteriana, esses organismos podem se tornar realmente resistentes a eles e dar um trabalhão pra sarar.
Por outro lado, há DSTs que poucos comentam a respeito e a grande maioria não sabe que pode pegar facilmente na noitada. O HPV é uma delas: além das verrugas que aparecem no pau a doença pode evoluir até certos tipos de câncer de pescoço e cabeça, segundo Herbenick.
Se isso já te convenceu a encapar o brincalhão, ótimo! Mas tenha em mente que você também pode pegar outras doenças graves na hora de “cair de boca” na gatinha.
Para os exploradores, muito cuidado com a anilíngua -- modalidade em que se estimula o ânus da parceira com a língua. Herbenick salienta que a prática sem o uso de preservativo, tanto para quem faz quanto pra quem recebe, pode levar a doenças como hepatite A e B, além da contração de vermes.
A melhor saída nesses casos, de acordo com a médica, é recortar o preservativo e usá-lo na língua para evitar o contato direto com o “terceiro olho” da pequena. “Além de exames periódicos no fim e no começo de cada relacionamento”, recomenda ela.