Ir de bicicleta ao trabalho já é uma realidade para muitos brasileiros, e apesar dos motoristas de carro geralmente torcerem o nariz para as ciclovias, a solução vem ganhando cada vez mais adeptos, uma vez que a bike representa não só uma alternativa para burlar o trânsito carregado das grandes metrólpoles, mas também uma arma contra o males do sedentarismo.
Em diversos países da Europa, a bicicleta é respeitada como um genuíno meio de transporte urbano. De acordo com uma pesquisa de um dos maiores grupos de pesquisa do mundo, a GFK, realizada em junho de 2010 em Nuremberg, o ciclismo é atividade atlética mais popular na Alemanha. Praticamente 3/4 de toda a população do país anda de bicicleta pelo menos de vez em quando.
Por causa disso, a BWM decidiu estender seu catálogo de modelos da série 'M' e lançou a BMW M Carbon Racer, uma bike que reafirma a categoria como meio de transporte e promete transformar um mero passeio numa experiência emocionante.
Seu quadro 100% carbono conta com um câmbio Shimano Ultegra RD-6700 ou FD-6700 e cassete Shimano CS6700 de 20 marchas, além do selim fi’zi:k Tundra 2. O Tundra 2 "combina Nylon e Carbono, e o design exclusivo da BMW ‘M’ é o grande destaque desta Bike", comenta Marcelo Ortega, Diretor de Desenvolvimento da BMW.
O que mais chama a atenção no "brinquedinho" da produtora automotiva alemã é seu quadro produzido inteiramente em carbono, material mais caro aplicado na bike, em antracite, única cor disponível para o modelo. Os detalhes em vermelho no guidão e nas rodas remetem à elegância discreta da BMW, que combinou a dinâmica dos carros da marca em apenas duas rodas.
Extremamente leve, a M Carbon Racer pesa apenas 7,4 kg e absorve muito bem os impactos, por conta de seu rígido quadro de carbono. Uma verdadeira bicicleta de corrida, seu câmbio e cassetes proporcionam uma transmissão perfeitamente suave de energia tanto em pistas planas quanto em subidas.
De acordo com o ciclista catarinense Daniel Rogelin, tricampeão do Campeonato de Ciclismo Paulista e tetracampeão na Volta de Santa Catarina, a bike está num "grupo intermediário ao top de linha", garante ele. Embora Rogelin acredite que o preço da BMW M Carbon Racer esteja na "média do mercado", ele pode parecer salgado para os ciclistas de ocasião, chegando a cerca de R$ 15.410.
Ortega salienta que a BMW já tem exemplares da M Carbon Racer à venda no Brasil. "O cliente pode solicitar em qualquer concessionária autorizada BMW. Caso ele opte por algum tamanho não disponível, podemos encomendar para entrega dentro de um prazo de aproximadamente 30 dias", explica o diretor.
Em terras tupiniquins, a marca alemã oferece cinco tamanhos de quadros que variam de acordo com a altura do usuário, embora somente dois tipos estejam disponíveis para pronta entrega:
52 cm (altura até 1,70m) – pronta entrega
54 cm (altura de 1,65m até 1,75m)
56 cm (altura de 1,70m até 1,80m) – pronta entrega
58 cm (altura de 1,75m até 1,85m)
60 cm (altura de 1,80m até 1,90m)
Para o ciclista profissional, os pontos fortes da bike alemã são sua tubulação aerodinâmica, leveza e resistência, que proporcionam um alto rendimento. Por outro lado, seu garfo parece muito curvo aos olhos do campeão, o que poderia tornar a bicicleta "lenta e menos agressiva". Rogelin acredita que sem a colaboração ou resistência do vento, o modelo pode alcançar facilmente os 55 km/h.
O envolvimento direto da marca no desenvolvimento de uma bicicleta é um fator imprescindível para "fazer com que a bike e o ciclista profissional, ou um simples simpatizante do esporte, fiquem 'homogênios' ao rodar" com a magrela, afirma Rogelin. Ele alerta ainda que "não adianta desenvolver uma 'baita' bike com tudo o que tem de melhor e andar com ela desregulada ou sem uma geometria bem específica".
Vale frisar também que esta magrela Speed não possui amortecedores e deve ser utilizada somente em vias bem pavimentadas, pois seu projeto não foi desenvolvido para uso "off-road".