Pisante pra correr! Confira 10 dicas que podem te ajudar na hora de escolher o tênis mais adequado para correr sem prejudicar seu pé! gplus
   

Pisante pra correr!

Confira 10 dicas que podem te ajudar na hora de escolher o tênis mais adequado para correr sem prejudicar seu pé!

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O que você leva em consideração na hora de escolher o tênis perfeito para praticar corrida? O visual? O peso? As molas? Ou apenas o preço? O ideal é escolher o calçado que una todas estas qualidades, respeitando, em primeiro lugar, o seu conforto.
Antes de mais nada, é importante frisar que existem três tipos de pisada:

Normal: Quando a pisada se inicia no contato com o solo do lado externo do calcanhar e então ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando a passada no centro da planta do pé.

Pronada: Quando a pisada também se inicia do lado externo do calcanhar, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna, para então ocorrer uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão.

Supinada: onde a pisada inicia no calcanhar do lado externo e se mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.

A pisada de cada um varia conforme características anatômicas da pessoa: tipo de pé, disposição dos joelhos, ângulo formado entre o joelho e quadril, além de estar relacionado também com a flexibilidade de articulações, como a do tornozelo. Estas características anatômicas somadas com flexibilidades e equilíbrio muscular é quem define o nosso tipo de pisada.

Relação tênis x pé
Renato Dutra, supervisor técnico da Run&Fun (assessoria esportiva presente em diversos eventos como maratona e triathlons) cita que há muita polêmica no assunto sobre a influência do tênis no desempenho da corrida. “Infelizmente, ainda não há nada conclusivo, comprovando se um tênis ajuda na performance, evita lesões ou se um modelo pode até lesionar um corredor. Os especialistas em biomecânica recomendam que, diante de tanta incerteza, os corredores utilizem tênis para pisada neutra, com entressola de densidade intermediária (nem muito nem pouco amortecimento)”, diz o supervisor.

Na hora de escolher um tênis, muitos profissionais e lojas do ramo recomendam o “teste de pisada” para avaliar como a pessoa pisa. Existem modelos que são voltados justamente para “corrigir” estes padrões de pisada. Porém, ainda não se sabe se esta correção é benéfica ou contraproducente. E aí voltamos ao que os estudiosos recomendam atualmente e que Renato frisou acima: tênis para pisada neutra, com entressola de densidade intermediária (nem muito nem pouco amortecimento).

10 coisas que você precisa saber antes de escolher seu tênis de corrida

1) Logo de cara você precisa entender que seu desempenho não tem ligação nenhuma com o tênis que você calça. Não é ele, por exemplo, que te faz ganhar a corrida, em hipótese nenhuma. Ele é apenas um aliado, que está ali pra somar, te oferecendo conforto e impedindo problemas como o surgimento de bolhas, entorses e outras lesões articulares.

2) O amortecimento é fator importante na escolha de um bom tênis. Ele é responsável por amenizar o contato com o solo, mas cuidado: o excesso é prejudicial. “Em testes realizados em plataforma de força, o excesso de amortecimento diminui a resposta muscular do corpo frente aos impactos gerados pelas passadas na corrida. Em outras palavras, um tênis muito ‘macio’ engana o nosso sistema neuromotor e acaba fazendo com que os músculos e tendões não sejam ativados da forma ideal para correr. O desafio, que ainda não foi descoberto, é achar o grau ideal de amortecimento, se é que existe”, afirma Renato.

3) Um bom tênis de corrida deve ser flexível. Na hora de provar um tênis, torça o calçado com as mãos e procure fazer movimentos com ele no pé para ver como é sua flexibilidade.

4) É importante também que o tênis seja leve e com controle de temperatura, garantindo ventilação interna para ajudar a transpiração dos pés.

5) Os tênis de trilha (cross trainers) também são recomendados para utilizar em aulas de ginástica ou corridas curtas, realizadas na academia.

6) Há locais especializados que e que contam com a análise de fisioterapeutas que avaliam a pisada e desenvolvem palmilhas especializadas para “corrigir” a pisada. “O argumento é o de que a palmilha personalizada tem maior possibilidade de correção, por ser específica para as características de cada pessoa. Novamente, ainda sem muito fundamento”, cita o supervisor.

7) Tênis com um número maior é uma boa solução na hora de prevenir a formação de bolhas e calos, mas desde que não seja muito largo, prejudicando a pisada.

8) Não dá pra afirmar se o tênis de corrida é diferente do tênis usado para fazer esteira, caminhada ou malhação. “Não dá para generalizar, mas corredores de elite utilizam modelos muito leves e com pouco amortecimento. Coincidência ou não, este grupo de corredores apresenta as menores taxas de incidência de lesões. Talvez não seja uma relação causa/efeito. Talvez seja. Se houver um tênis diferente para corrida, há indícios de que seja bem leve e com pouco amortecimento. Curiosamente, é bem barato”, aconselha Renato.

9) A vida útil de um tênis de corrida, segundo os fabricantes, é de 500km, mas também há especialistas que afirmam que um tênis dura mais de 1.000km.

10) Não escolha pela marca ou pelo visual. Renato cita que recente estudo identificou que quanto mais caro é o tênis, maior o índice de lesão. “Na UNICAMP estudaram um tênis caseiro, de fabricação nacional, de marca pouco badalada e de baixo custo. Os resultados foram satisfatórios”.

Selecionamos alguns modelos de tênis que são indicados para a prática de corrida. Confira as fotos na galeria acima.