Cervejas, vinhos, livros (infantis ou para adultos), comidas saudáveis, colecionáveis geek, itens para pets...hoje em dia, já há clubes de assinatura para isso tudo (e mais um pouco).

Pausa!. Nunca ouviu falar? É o seguinte: lembra daquele jornal que seu avô ou pai recebia regularmente na porta de casa? Então, na contramão dos diários que desenham uma curva descendente de relevância, a essência deste modelo de negócios, aquele que faz chegar “no aconchego do seu lar” toda sorte de produtos e serviços, ganhou musculatura. A lógica é simples: fazer o consumidor ter menos dor de cabeça ao se deslocar para adquirir um produto, entregando-o diretamente em sua casa, de forma recorrente – seja em base diária, mensal ou qualquer outra que seja conveniente. É nesta onda que surfam os diversos clubes que comentei logo acima.

Conceito descrito, vamos ao que interessa: esta febre também está chegando, e com força, ao mercado de cuidados para o homem (ou qualquer outra nomenclatura que queira dar: higiene, beleza, estilo, grooming). Em especial a um item que, impreterivelmente, precisamos adquirir com certa regularidade: as lâminas de barbear.

Esteja você seguindo a moda de deixar a barba crescer ou mesmo que se trate de um “herói da resistência” como eu (veja mais aqui), que insiste em deixar o rosto sem pelos, o fato é que – aparando ou eliminando a barba – você invariavelmente precisará de um barbeador manual – e suas descartáveis lâminas. 

E é aí mesmo que começa o tema: sair para comprá-las, sempre de supetão (não, eu não consigo ficar planejando este tipo de consumo, de forma a ter um “estoque de segurança” em casa), é sinônimo de acabar gastando mais do que deve, pois torna-se uma compra de alta necessidade, em que você não poderá aguardar por uma promoção ou evento do gênero.

Pois bem: é exatamente nesta lacuna de mercado que os clubes de assinatura de barbeadores e lâminas pretende atuar.

Nos Estados Unidos (sim, sempre eles primeiro!) este nicho de mercado virou notícia em meados de 2016 com a comentadíssima aquisição do Dollar Shave Club pela gigante Unilever, detentora de importantes marcas do universo masculino, como Dove Men, Axe e Rexona, pela impressionante cifra de 1 Bilhão de dólares. Explica-se: em uma verdadeira batalha de titãs, a Unilever mira incomodar sua rival, P&G, em um mercado onde esta nada de braçada com a líder mundial Gillette (estima-se que a marca abocanhe impressionantes 65% do mercado mundial de lâminas e barbeadores manuais).

Já em território brasileiro, algumas startups começaram a pipocar. A mais eminente – e que tive contato – foi a Home Shave Club. O contra-ataque da líder, Gillette, veio através do recém-lançado Gillette Club. Aqui no AreaH começamos testando o Home Shave Club para passar algumas impressões iniciais:

São 4 tipos de barbeadores: o descartável, de uma única lâmina, e os recarregáveis de 2, 4 ou 6 lâminas. Os preços variam entre R$8,00 mensais, para o modelo mais simples, e R$28,00/mês para o aparelho de 6 lâminas.

No tocante à periodicidade: para quaisquer dos modelos, e com base na quantidade de pelos no rosto, você pode optar por receber quatro recargas todo mês, bimestralmente ou mesmo a cada trimestre.

Nossa avaliação: o volume enxuto de modelos mais ajuda do que atrapalha e as diferentes frequências de entrega (e cobrança) são muito adequadas para atender os homens com necessidades de barbear distintas. Ponto positivo!