Hoje quando se fala em luta livre, a primeira coisa que um brasileiro lembra é o Ultimate Fighting Championship, popular UFC. Mas, essa fácil associação não acontece também no país de origem da categoria hoje comandada pelo empresário Dana White. Nos Estados Unidos, o WWE, um telecatch bem ao estilo Gigantes do Ringue, é um espetáculo que possui uma torcida jovem, fiel e que não deixa nada a desejar aos fanáticos pelo octógono da grande (e, para muitos, única) categoria do MMA da atualidade.

Prova disso foi o espetáculo (e a mobilização) pelo retorno do peso pesado Brock Lesnar, um multicampeão do WWE que se aventurou no UFC, onde foi campeão entre 2008 e 2010. Após a derrota contra Overeem no último UFC de 2011, o ex-campeão foi dispensado por Dana e voltou nos braços do povo ao WWE. E quem quiser ver o evento de perto, o show virá pela primeira vez ao Brasil nos dias 23 e 24 de maio com a RAW World Tour, no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo e no Maracanãzinho no Rio de Janeiro.

É bem verdade que, diferente do UFC, as lutas do WWE são encenadas, mas para muitos este é justamente o trunfo da categoria, que conta com movimentos e “golpes” espetaculares que seriam impossíveis de serem realizados em uma luta real. Além disso, no WWE as lutas costumam ter diversos panos de fundo e histórias por trás dos confrontos, o que também agrada o público.

Outra grande diferença entre as duas competições é a tradição. Enquanto o WWE foi fundado em 1952, apenas 41 anos depois teria sido iniciado o UFC. Fato este que mostra como o UFC ainda tem muito a crescer, principalmente em termos de marketing. Para se ter uma ideia, apenas no Twitter o WWE possui mais de 1.1 milhão de seguidores contra pouco mais de 600 mil do UFC.