Precisou da iminente chegada da Spin, nova minivan da GM, que será apresentada à imprensa brasileira no fim de junho, para que a Chevrolet tirasse de vez do mercado as desengonçadas e ultrapassadas Meriva e Zafira. A primeira, deixará saudades, pelo menos, para grande parte dos taxistas, mas a segunda caiu no esquecimento do brasileiro, muito por conta dos inúmeros concorrentes. A despedida de ambas será com o derradeiro lançamento das versões "Collection".
Lançada em 2001, a Zafira passou mais de dez anos sem que suas linhas fossem revitalizadas. De 2005 pra cá, as atualizações de suas configurações foram patéticas. E enquanto a versão europeia do modelo ganhou uma nova cara (mesmo caso da Meriva), a nacional, além de estar com o design ultrapassado, teve o motor enfraquecido. Outro problema é o paupérrimo acabamento, com plástico de baixa qualidade. Se os consumidores já tinha dificuldade na revenda, imagine agora?
Já a Meriva, construída a partir da plataforma do Corsa, chegou ao mercado em 2002, prova de que a GM do Brasil se equivocou totalmente na sua estratégia mercadológica. Qual o sentido de ter duas minivans voltadas para o mesmo tipo de consumidor? E o modelo com motor 1.4 flex, que tinha como propósito atrair os clientes econômicos, tem desempenho frustrante. Além disso, muitos usuários reclamam de problemas no ar condicionado e no câmbio.
Os donos dessas minivans terão algum prejuízo na negociação, seja na troca ou na venda. Um estudo feito pela Agência AutoInforme mostrou que o carro perde, em média, 15% do seu preço depois de um ano de uso. E se houver mudança de linha ou, pior, extinção da mesma, a depreciação pode ser maior.
A Spin promete abafar suas “banheiras” antecessoras. Com design muito mais arrojado, o carro vem equipado com acessórios mais modernos, possibilidade de câmbio automático e motor 1.8 Econoflex. Na internet, há muita especulação sobre as formas do veículo, mas o mistério será desvendado em pouco mais de um mês.