Os jovens pilotos que podem ser o futuro do Brasil na Fórmula 1 Após as saídas de Felipe Massa e Nasr, o país de Ayrton Senna não tem representantes na principal categoria do automobilismo gplus
   

Os jovens pilotos que podem ser o futuro do Brasil na Fórmula 1

Após as saídas de Felipe Massa e Nasr, o país de Ayrton Senna não tem representantes na principal categoria do automobilismo

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Há algumas décadas, as manhãs de domingo eram conhecidas como um momento para os brasileiros acompanharem as corridas de Ayrton Senna na Fórmula 1; mais do que um piloto de nosso país na principal categoria do automobilismo, Senna era considerado, por muitos, um herói nacional em alta velocidade. Após a morte do ícone tupiniquim, no entanto, o interesse do público nacional foi caindo aos poucos. Já não é tão comum presenciarmos o brasileiro médio em frente a televisão em uma manhã de domingo assistindo às corridas.

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Depois do trágico acidente que vitimou Senna no GP de Ímola, na Itália, alguns pilotos nascidos no Brasil continuaram competindo na Fórmula 1, mas nenhum deles conseguiu abocanhar o título mundial. Entre os nomes de maior destaque das gerações mais recentes, estão Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Felipe Nasr e  Felipe Massa. Esses dois últimos foram os que saíram da categoria mais recentemente; Nasr parou de competir pela Fórmula 1 em 2016, e Massa deixou a Williams definitivamente em 2017. 

Pela primeira vez em mais de quatro décadas, o Brasil ficou sem um piloto nacional como seu  representante na maior categoria do automobilismo mundial. Mas é claro que continua havendo talentos tupiniquins em categorias inferiores, com menos mídia, é claro, mas que podem vir a ser os principais nomes do país dentro da Fórmula 1 no futuro, talvez até em breve.

SÉRGIO SETTE CÂMARA
Sérgio talvez seja atualmente o piloto brasileiro com mais chances de estar no grid de largada da F1 nos próximos anos. O mineiro, de 20 anos, atualmente compete pela Fórmula 2 pela segunda vez e vem conquistando bons resultados. No campeonato com 22 pilotos, Sérgio está na sexta colocação e pode subir ainda mais na tabela. Vem colecionando pódios e já chegou a fazer testes com um carro da F1. Para ele, ser o único brasileiro na principal categoria de acesso à Fórmula 1 não é um peso, mas uma honra, como já afirmou em entrevista.

PIETRO FITTIPALDI
Com 22 anos, o neto de Emerson Fittipaldi é outra esperança do Brasil para trilhar seu caminho nas pistas da F1. Pietro foi campeão da Protyre Formula Renault em 2014 e também ganhou o título da Fórmula V8 em 2017. Fittipaldi vem ganhando mais experiência com o passar dos anos e há especulações sobre conversas do piloto com outras categorias, entre elas, a Fórmula 1.

PEDRO PIQUET
Pedro é outro que tem o DNA da velocidade proveniente da família; o jovem piloto de 20 anos é filho de Nelson Piquet - tricampeão de F1. Pedro já foi bicampeão da Fórmula 3 brasileira nos anos de 2014 e 2015 e atualmente compete na GP3, com alguns pódios na conta. O último GP em que Piquet participou foi o da Rússia, e está na sexta colocação da tabela geral.

AS BARREIRAS PARA AVANÇAR
Apesar de sempre haver nomes que podem representar um futuro vitorioso para o país que um dia viu Senna nos pódios e, mais recentemente, Felipe Massa e Rubens Barrichello, ainda há algumas barreiras que dificultam ainda mais a chegada de jovens brasileiros na principal categoria da F1. Além do alto custo para seguir no esporte, alguns analistas afirmam que a falta de planos de carreira bem definidos por quem gere os garotos complica as coisas ainda mais, assim como a baixa flexibilidade das montadoras em critérios de escolha de pilotos. 

O pai de Sérgio Sette Câmara, também chamado Sérgio Câmara, diz que o filho já competiu com Charles Leclerc (que atualmente está na F1), mas as estruturas são desiguais. "Tem por trás de si [Leclerc] a estrutura da Ferrari para apoiá-lo, os melhores recursos, a melhor equipe. Ele tem de se preocupar apenas em colocar em prática tudo que lhe ensinam. Não tem de gastar energia pensando se vai conseguir correr no ano seguinte porque não tem patrocinador", afirmou ao site do Globoesporte.


Rudiney Freitas