Reversão da vasectomia Operação é simples e parecida com a cirurgia de interrupção dos canais deferentes. Sucesso está ligado ao tempo entre ambas gplus
   

Reversão da vasectomia

Operação é simples e parecida com a cirurgia de interrupção dos canais deferentes. Sucesso está ligado ao tempo entre ambas

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Se a decisão por fazer a vasectomia já é difícil, imagina quando o caso é a reversão da mesma? Mas não há tantos motivos assim para preocupação. A técnica capaz de tornar um homem fértil novamente, depois de passar por uma cirurgia de interrupção dos canais deferentes é considerada pelos urologistas um procedimento de pequeno porte e de rápida recuperação para o paciente.

De acordo com o médico Mário Delgado, um dos maiores especialista em ambas as intervenções cirúrgicas no País, está comprovado que 97% das indicações da reversão de vasectomia são feitas por homens que se encontram em um novo relacionamento conjugal. Os outros 3% estão divididos entre motivos religiosos, psicológicos e, raramente, indicações médicas, nos casos de dor testicular.

Sobre a operação, o urologista revela que a operação de Reversão de Vasectomia é simples, mas de tempo de execução um pouco demorado – em média, de 2 a 3 horas –, sendo que os riscos mais comuns são edema local e hematoma, que irão sumir entre 10 a 14 dias. Outros problemas menos comuns são infecção local e dor prolongada.

Sobre as precauções a serem tomados antes da cirurgia, Delgado afirma que as recomendações são as mesmas da vasectomia. “O homem deve tomar os mesmos cuidados (que na vasectomia). Caso após a vasectomia tenha aparecido alguma doença, como diabetes, hipertensão arterial, problemas cardiológicos ou quadros alérgicos, o urologista deverá ser comunicado antes da reversão, para analisar quais exames serão necessários”, afirmou o médico, acrescentando que o paciente precisará de uma semana de repouso e só poderá ter relações sexuais após a queda dos pontos, o que, geralmente, acontece dez dias após a operação.

Mas a maior preocupação é com o sucesso do procedimento. De acordo com o especialista, isso está diretamente ligado ao intervalo de tempo entre a vasectomia e sua reversão. Segundo dados da Comunidade Urológica dos EUA, a presença de espermatozóides no ejaculado, após a intervenção reversiva, tem sucesso em 97% dos casos, antes de três anos; 88%, entre três e oito anos; 80%, entre nove e 14 anos e, a partir do décimo quinto ano, as chances de êxito são menores que 70%.

No caso de insucesso, o doutor Mário Delgado sugere que o profissional responsável pela intervenção seja consultado. “Uma eventual nova cirurgia deve ser cogitada, se, durante o procedimento, observou-se presença de espermatozóides viáveis. Caso não haja condições para uma nova operação, a melhor opção é a inseminação artificial. Neste novo procedimento, o casal deve procurar uma clinica de fertilização para orientação quanto a este método”, indicou.

Outra preocupação totalmente descartável é a chance de a criança nascer com algum defeito congênito, já que não existe diferença estatística quanto à má-formação entre bebês gerados por homens normais ou por aqueles que deixaram de ser vasectomizados. E é bom frisar que, um mês após a reversão, já é possível fazer o exame de espermograma.