É bem difícil que quem acompanha as notícias com frequência, ainda não esteja informado sobre o surto da Febre Amarela no Brasil. A doença, que fez sua primeira vítima brasileira em 1685, vem amedrontando a população nos últimos meses com seu crescimento alarmante.
Porém, mesmo aqueles que ouvem constantemente informações sobre a doença, ainda têm algumas dúvidas sobre as possibilidades de se vacinar ou não, quais são os sintomas da enfermidade, e até mesmo o que é a "dose fracionada", que foi incentivada pelo Ministério da Saúde para conter os avanços da Febre Amarela.
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Confira o que você precisa saber sobre a doença:
COMO ACONTECE A TRANSMISSÃO
A Febre Amarela, um vírus presente em continentes como América e África, é transmitida por mosquitos, sejam eles de área silvestre ou urbana. Em áreas florestais, a doença é disseminada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Na cidade, o responsável pela transmissão do vírus fica por conta do conhecido Aedes Aegypt. A infecção acontece quando alguém desprotegido é picado pelo mosquito infectado; ao contrair a enfermidade, o indivíduo pode se tornar fonte de vírus para o Aedes Aegypt no meio urbano. É importante lembrar que os macacos não são transmissores da doença, eles são apenas indicadores da presença da patologia; tão vítimas quanto nós, seres humanos.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Manifestações da doença podem acontecer por meio de sintomas como febre alta, cansaço, dor de cabeça, náuseas, dores musculares, e em formas mais graves da enfermidade, icterícia (amarelidão nos olhos, por isso o nome da doença), hemorragias e insuficiência renal e hepática.
O TRATAMENTO
Não há um medicamento específico para combater a Febre Amarela, já que antivirais não são eficientes contra essa doença. O tratamento é focado na minimização dos sintomas causados e na limitação das complicações que podem vir a ocorrer. Pode ser realizada hemodiálise no caso de casos mais graves, em que o rim do paciente não esteja funcionando corretamente.
QUEM PODE TOMAR A VACINA?
Algumas pessoas devem procurar orientação médica antes, e outros grupos estão vetados de receber a dose. Gestantes, lactantes, idosos, portadores de HIV, pessoas que terminaram tratamento de radioterapia ou quimioterapia e pessoas com doenças no sangue, devem consultar o serviço de saúde antes da vacina.
Já as crianças com menos de 6 meses, quem ainda está fazendo tratamento de radioterapia ou quimioterapia, e portadores de HIV com contagem de células CD4 menor que 350, não podem receber a vacina.
O QUE É DOSE FRACIONADA?
Essa aplicação da vacina foi incentivada pelo Ministério da Saúde para conter a circulação do vírus com uma agilidade maior; a diferença no caso da dose fracionada não é a sua eficácia, mas sim a duração da proteção. Diferentemente da dose completa, suficiente para a vida inteira, quem se vacinar com a fracionada deve receber um reforço 8 anos após a primeira dose. As recomendações são as mesmas da vacina completa.
ÁREAS DE RISCO
A vacina deve ser tomada com, pelo menos, 10 dias de antecedência a uma viagem para áreas de risco. O último caso de Febre Amarela urbana aconteceu em 1942, portanto, a transmissão no momento continua sendo feita por mosquitos silvestres (Haemagogus e Sabethes), o que reforça a recomendação sobre os cuidados para quem for para regiões fora do perímetro urbano.
Sobre Rudiney Freitas
Apaixonado por livros, esportes, cinema, música, a vida e seus passageiros. No mundo do jornalismo porque gosta de se comunicar, até por sinal de fumaça.
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