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Adeus monogamia? Pesquisadores norte-americanos descobrem que promiscuidade pode fortalecer sistema imunológico

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O surgimento da Aids marcou o fim de uma época em que a boemia e as extravagâncias sexuais culminavam no máximo em dívidas e DSTs curáveis. Hoje em dia, por mais que se tenha ótimas referências das mulheres que já esquentaram seus lençóis, apenas um deslize na proteção às vezes é suficiente para deixar o cidadão não com uma pulga, mas um rinoceronte atrás da orelha.

Diante disso, o que você diria se pudesse transar livremente com todas as garotas que conseguisse sem medo de contrair qualquer doença sexualmente transmissível? Embora a solução ainda seja apenas o sonho de garanhões, é isso o que promete um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos EUA. 

Para descobrir a influência dos genes na transmissão de doenças via cópula, os pesquisadores analisaram duas espécies parentes de roedores: o rato da califórnia (Peromyscus californicus), que mantém o mesmo parceiro durante toda sua vida, e o rato veadeiro (Peromyscus maniculatus), que apesar do nome sugestivo é sexualmente promíscuo.

No fim das contas, o rato polígamo mostrou ter desenvolvido uma imunidade bem maior contra todas as doenças venéreas causadas por bactérias as quais foi exposta. O resultado coincide com uma pesquisa anterior, em que os cientistas já haviam concluído que os ratos veadeiros fêmeas possuem o dobro da diversidade bacteriana encontrada nas vaginas das primas da Califórnia. Parece que o velho George Carlin tinha mesmo razão!

Publicada no PLoS ONE, a pesquisa ressaltou que a diversidade de doenças “catalogadas” pelo sistema imunológico do rato promíscuo se estende aos genes. Depois de comparar os genótipos de ambas as espécies, os cientistas confirmaram que o veadeiro tem uma quantidade bem maior de DNA associado ao sistema imunológico em comparação ao primo. Como o comportamento os expõe a mais bactérias, os ratos da raça acabaram desenvolvendo um sistema de defesa mais robusto.

Ainda tem chão até que o nascimento dos primeiros super-humanos protegidos geneticamente aconteça. No entanto, a promessa de imunização nata de boa parte das doenças que limitam a existência já dá asas à imaginação quanto ao estilo de vida que teremos no futuro.