Quando participou da invasão do Iraque em 2003, Laura Cannon já era tenente com apenas 24 anos -- e também era virgem. Por ser apegada à religião, ela achou que jamais teria problemas com a Regra Geral Nº1 da Academia West Point: relações sexuais e o consumo de álcool são proibidos para (quase) todos os membros da corporação.
Ao voltar para casa, depois de finalmente ter experimentado o “fruto proibido” nos acampamentos norte-americanos, a ficha de Cannon caiu. Havia uma outra guerra ainda mais longe de chegar ao fim: aquela contra a ignorância. Isso porque, segundo ela, os esforços do exército para evitar as relações sexuais entre cadetes são inúteis.
“O covert combat sex (sexo secreto em combate, em tradução livre) está no topo da lista de emoções da vida. Hoje sou uma civil segura, e compreendo que é impossível injetar uma paixão tão intensa na minha vida novamente. Mas reflito sobre isso quase todos os dias. Não há nada que se compare a fazer amor em meio à guerra”, comenta a tenente em seu blog, WarVirgin.com
Embora reconhecida pela rigorosa disciplina imposta a seus alunos, a Academia West Point até oferece um ambiente exclusivo para militares de ambos os sexos flertarem, chamado de “Flirtation Walk”.
No entanto, esta alternativa soa sarcástica para aqueles que, pelas leis internas, são obrigados a ficar até cinco anos sem transar.
“Eles acabam ‘se pegando’ no estacionamento, atrás de monumentos e vestiários. Alguns sucumbem e correm o risco de serem expulsos só pra levar alguém para uma das camas dos dormitórios”, relata Cannon.
Pedindo a compreensão de seus compatriotas, ela explica que o clima de tensão e a adrenalina incessantes durante os treinamentos e combates promovem uma excitação superior àquela que sentimos normalmente.
E você, teria cabeça para pensar em sexo em plena guerra?