Frequência infernal Baixa tolerância a vozes altas? Descubra por que algumas delas conseguem perturbar até o homem mais paciente do mundo gplus
   

Frequência infernal

Baixa tolerância a vozes altas? Descubra por que algumas delas conseguem perturbar até o homem mais paciente do mundo

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Muitas particularidades femininas são perdoáveis quando um homem só está interessado em levar uma mulher pra cama, como algumas gordurinhas extras e até mesmo a saudosa calcinha bege. Por outro lado, numa relação promissora, algumas delas devem ser observadas com cuidado, e a voz é uma delas.

A questão não é se a gata é soprano ou contralto, mas sim o volume do som que ela projeta no ar. Parece frescura? Então imagine se você conseguiria passar mais de 30 segundos ouvindo o papo de alguém que fala nesta altura. Seja no trabalho, faculdade ou até na academia, não são poucos os indivíduos que aterrorizam tímpanos inocentes por aí. Mas antes de bolar planos criminosos de vingança contra o “gritalhão”, vale a pena entender primeiro a origem do volume excessivo.
 
Uma pesquisa realizada pela Universidade de New South Wales, na Nova Zelândia, revelou que o incômodo acontece por causa da ressonância de sons sobrepostos. Segundo os pesquisadores, algumas pessoas emitem vozes numa frequência de até 3 mil hertz -- a mesma produzida por unhas riscando uma lousa com vontade. A amplitude comum na maior parte da população é mais amigável, girando em torno de 80 a 250 hertz.

Mas como alguém consegue gerar frequências tão ensurdecedoras? Ao que tudo indica, os “gritalhões” conseguem controlar o movimento das cordas vocais de uma maneira especial. Pequenas mudanças de percurso e colisões durante a vazão de ar acabam produzindo frequências adicionais e harmônicas. Todas elas viajam juntas através do trato vocal -- que também pode vibrar em consonância. Isso faz com que a amplitude das ondas sonoras ressonantes aumente ainda mais, resultando em desconforto para os ouvidos presentes.

Estudos anteriores revelaram que cantores e trompetistas têm a mesma capacidade de controlar as ressonâncias vocais para alcançar notas mais altas. Pelo visto, a diferença entre eles é que eles os músicos são pagos para fazer isso, enquanto os falastrões deixam de poupar nossos ouvidos gratuitamente.