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SP: escolas incluem desenvolvimento sustentável no currículo

16/08/2017 00:00

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As escolas de ensino fundamental da rede municipal de São Paulo vão incluir a temática desenvolvimento sustentável na grade curricular a partir de 2018. O material produzido para as aulas foi apresentado nesta quarta-feira (16) , em evento na capital paulista.

De acordo com a Organização da Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a cidade é precursora por ultrapassar questionamentos acerca do assunto. A Unesco é parceira da Secretaria Municipal de Educação no projeto.

"O currículo serve para a gente pensar que tipo de sociedade queremos para frente, que tipo de cidadão a gente quer preparar, para que ele possa intervir no mundo em que vive”, explicou o secretário de Educação, Alexandre Schneider.

A educação é uma das 17 metas estabelecidas por 193 estado-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e a serem cumpridas até 2030. “É um compromisso que o Brasil assumiu e é um bom guia para esse processo de formação”, concluiu Schneider.

O coordenador de Educação Ambiental e Temas Transversais da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) Felipe Felisbino acredita que a inclusão é um avanço, já que parâmetros curriculares mais antigos apenas sugeriam a abordagem dos temas.

“Os ODSs estarão nos objetivos de aprendizagem de cada área de conhecimento. São Paulo dá muitos passos adiante na concepção de um novo currículo, tratando com muita seriedade temáticas sociais e, dentre elas, a principal: sustentabilidade, que perpassa pelo direito humano, pelo consumo sustentável”, disse Felisbino.

Filmes produzidos pela Unesco

A série em vídeo produzida para crianças entre 7 e 11 anos contempla oito dos 17 ODS, entre eles Fome Zero e Saúde Sustentável, Saúde e Bem-estar, Educação de Qualidade e Água Potável e Saneamento. Os filmes têm duração de até dois minutos e meio e foram produzidos pela Unesco no Brasil em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Educação.

A representante interina da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, que é também diretora da área programática da entidade, destaca que a posição de São Paulo é um exemplo para outros municípios. “Nós percebemos que só existe uma maneira de contribuir para a transformação do mundo e é sempre pela ação. As ideias comovem, mas exemplos arrastam. São eles que efetivamente transformam. Nós nos encarregaremos de ajudar a difundir esse exemplo”, disse.

De acordo com Schneider, a comunidade escolar agora discute as mudanças no currículo, mas o tema desenvolvimento sustentável será mantido na proposta, visto que é um objetivo de aprendizagem. A medida envolverá cerca de 450 mil alunos do ensino fundamental.

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