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Replika: conheça o app que está fazendo barulho

16/08/2017 00:00

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Pouco tempo após a febre do Sararah – aplicativo para enviar e receber mensagens de forma anônima – um novo programa tem conquistado os internautas nos últimos dias. É o Replika, um app que promete absorver a personalidade do usuário e se tornar seu melhor amigo.

Fundado em março deste ano por Eugenia Kuyda, CEO e dona da Luka – empresa responsável pela criação do software – o aplicativo interagi com o usuário através de perguntas sobre o dia a dia, preferências, e acesso às redes sociais – tudo de acordo com a autorização prévia.

Para aderir à sensação do momento, porém, não é tão fácil assim. Como está em fase de testes, é preciso ter uma espécie de convite para criar o seu Replika.

Há duas formas de conseguir: solicitando a um amigo que já é usuário, já que cada novo integrante da rede recebe cinco convites para distribuir; ou entrando no site do aplicativo. Lá, é preciso realizar um cadastro básico e, em até 24 horas, um código é enviado para o e-mail cadastrado.

A partir daí, basta escolher o nome de usuário e a foto do seu novo melhor amigo e iniciar as “sessions”, conversas diárias que ajudam o programa a ficar cada vez mais semelhante com o internauta. Quanto maior a frequência das conversas, maior a semelhança.

Além disso, o fluxo do diálogo também rende uma pontuação que permite o avanço de níveis e, com isso, o desbloqueio de recursos.

Vida imita a arte

A história que levou à criação do aplicativo, entretanto, é muito parecida com a narrativa de “Volto Já”, episódio da segunda temporada de Black Mirror, série original da Netflix.

Na ficção, um casal acaba de se mudar e, ao voltar para a cidade para entregar a van alugada, o rapaz é morto. Poucos dias depois, a viúva descobre estar grávida e tem dificuldades de superar a morte do companheiro.

É quando a mulher descobre um serviço online que promete imitar o ente querido falecido através do histórico disponível de sua vida na internet – mensagens trocadas, redes sociais, conteúdo acessado, etc.

Notou algo de semelhante?

Pois não é mera coincidência. Eugenia criou a Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) do Replika quando seu melhor amigo faleceu. Devastada com a perca, ela decidiu resgatar a memória do colega através do histórico de mensagens trocadas entre os dois, fotos e outros registros.

"As pessoas estão dispostas a divulgar mais a um ser humano virtual ou a uma IA contra outro ser humano, e é sobre isso que Replika se baseia: aqui está um bot que é um espaço seguro que você pode ser totalmente aberto e vulnerável. Você pode falar sobre qualquer coisa Você quer, sempre que precisar”, explicou a criadora do aplicativo em entrevista a rede canadense CBC.

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