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PMDB agenda convenção para voltar a ser MDB

16/08/2017 00:00

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O PMDB agendou uma convenção nacional para o dia 27 de setembro para discutir se volta a usar o nome MDB. A sigla, que significa "Movimento Democrático Brasileiro", vigorou entre 1966 e 1979, durante a ditadura militar, quando apenas duas legendas estavam autorizadas a funcionar no país - a outra era a Aliança Renovadora Nacional (Arena).

Para o presidente do partido, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o retorno às origens é uma forma de modernizar a legenda e deixar para trás as referências a partidos políticos.

“Estamos resgatando a nossa memória histórica e estamos retirando o último resquício da ditadura dentro do PMDB”, justificou. Jucá explicou que a inclusão do “P”, que significa partido, foi uma determinação do regime militar.

Reconquista do eleitorado

Além disso, Jucá acredita que a abreviação pode gerar lucro no eleitorado do partido. “Movimento é algo muito mais adequado. A gente quer ganhar as ruas, vamos ter uma nova programação , novas bandeiras nacionais e bandeiras regionais”, disse, após acrescentar que um ofício sobre a mudança de nome será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ame-o ou deixe-o

Romero Jucá rebateu as críticas de alguns parlamentares de que o PMDB se tornou o partido do ame-o ou deixe-o, frase usada dentro a ditadura em referência aos opositores do regime militar. “Eu acho que o partido é plural, discute ideias contraditórias.” Para o senador, o problema é o estilo agressivo de alguns parlamentares. “Isso não vamos admitir”, avisou.

Parlamentares punidos

Além de suspender por 60 dias das funções partidárias deputados peemedebistas que votaram a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, a Executiva do PMDB levou adiante pedidos de expulsão dos senadores Roberto Requião (PR) e Kátia Abreu (TO). Três requerimentos sobre o assunto foram encaminhados à Comissão de Ética da legenda, que ainda não emitiu parecer.

Um dos pedidos partiu da Secretaria Nacional da Juventude do PMDB, presidida por Assis Filho. No documento, ele diz que os dois senadores desrespeitaram o estatuto da sigla ao adotar “posições sempre contrárias às diretrizes partidárias”.

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