Uma semana depois dos episódios de violência em Charlottesville, na Virgínia, continua elevada a tensão racial nos Estados Unidos.
No último sábado (19), em Dallas, no Texas, a polícia teve de intervir para conter um confronto entre manifestantes que pediam a derrubada de estátuas de soldados confederados em um memorial da Guerra Civil Americana e um grupo que cercava o local para proteger os monumentos.
Os dois lados tinham pessoas armadas, mas não houve registro de tiros. O ato antirracismo contou com a participação de aproximadamente 2,3 mil manifestantes, que gritavam slogans contra as estátuas confederadas, símbolos do passado escravocrata dos Estados Unidos.
Na última quinta-feira (17), o próprio presidente Donald Trump, acusado de ser conivente com os supremacistas brancos, criticou os pedidos de remoção das esculturas, chamando-os de "absurdos". "É triste ver a história e a cultura de nosso país despedaçadas com a remoção de nossas belíssimas estátuas", escreveu o mandatário no Twitter.
O projeto para derrubar um desses monumentos que homenageia o general confederado Robert Lee foi o estopim para manifestações da extrema direita em Charlottesville, na Virgínia, no último dia 12 de agosto, que terminaram com uma ativista antifascismo morta por um defensor da supremacia branca.
A Guerra Civil Americana, também chamada de Guerra de Secessão, ocorreu entre 1861 e 1865, quando vários estados escravagistas do sul dos EUA declararam sua separação do norte do país para formar os Estados Confederados da América.
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