O governo estuda a possibilidade de ocorrer nova devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional para ajudar na dívida pública, disse nesta terça-feira (22) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
"É um dos pontos em discussão", disse Meirelles a jornalistas ao ser questionado se havia estudo para que o BNDES repetisse o mesmo tipo de operação realizada no ano passado.
Em 2016, o BNDES pagou antecipadamente 100 bilhões de reais em empréstimos ao Tesouro, o que ajudou a reduzir a dívida pública do país.
"Estamos analisando com o BNDES o fluxo de caixa da instituição, vendo quais são as demandas de crédito e investimento para este ano e o próximo, para saber até que ponto esses recursos se justificam ficar no BNDES ou se o melhor uso de curto prazo seria eles serem devolvidos para o Tesouro com amortização da dívida pública", explicou.
Questionado também sobre o impacto fiscal da privatização da Eletrobras, anunciada na véspera, Meirelles evitou dar números e disse que o processo ainda está sendo estudado.
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"Estamos agora trabalhando na modelagem do processo, e fazendo a avaliação de como tudo isso será encaminhado. Tão logo tenhamos números mais precisos e avaliações de mercado um pouco melhor concretizadas, vamos fazer um anúncio", disse.
À agência Reuters, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que a privatização da Eletrobras pode gerar arrecadação de até 20 bilhões de reais para a União.
Outra questão que o governo corre atrás para colocar as contas públicas em ordem é a criação do Refis, renegociação das dívidas tributárias, o que segundo Meirelles deve voltar a ser discutido com membros do Congresso entre esta terça e quarta-feiras.
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