O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), negou nesta quinta-feira (24), que o partido estivesse em "guerra" nos últimos dias, diante da repercussão negativa em torno da propaganda partidária da legenda. Tasso afirmou que o partido tem divergências e continuará tendo, mas garantiu que o processo de autocrítica vai continuar.
"O PSDB não estava dividido. O partido tem divergência, vai continuar tendo divergências e graças a Deus tem divergência porque não somos partido de pensamento único. Partidos de pensamento único são comunistas", afirmou. "A autocrítica continua. Esse processo é de autocrítica, de criar novo programa estatuto...é absolutamente necessária a autocrítica não só para o nosso partido, eu diria que até mais para os outros partidos", argumentou.
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Tasso comandou reunião hoje na sede do diretório do partido, em Brasília, com a presença de presidentes dos diretórios estaduais. Ele convidou o senador Aécio Neves, presidente licenciado da sigla, para o encontro, o que serviu como sinalização do acordo de paz. Mas, em ato falho, chamou Aécio de "ex-presidente do PSDB", antes de corrigir.
"Não precisava selar paz onde não tinha guerra. Era importante a presença do Aécio como ex-presidente do partido... presidente afastado, no momento que a gente fazia a primeira reunião dos diretórios regionais. Segundo porque ele está bastante envolvido na reforma política para fazer uma explanação para os dirigentes sobre como está se encaminhando a reforma", argumentou.
Encontro entre Temer e Aécio
Tasso também tentou minimizar a reunião entre Aécio Neves e o presidente Michel Temer (PMDB), que aconteceu no fim de semana. Na ocasião, Temer teria pedido ao senador mineiro a saída de Tasso Jereissati do cargo no PSDB, por conta das críticas da propaganda tucana ao chamado "presidencialismo de cooptação".
"Eu só ouvi falar disso encontro entre Aécio Neves e Temer. Isso não tem importância nenhuma. Ele Temer querendo ou não... e não acredito que o senador Aécio participasse dessa reunião", explicou.
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