Centenas de venezuelanos participaram de simulações de exercícios cívico-militares nesta quinta-feira (24), ordenados pelo presidente Nicolás Maduro. O dirigente está preparando um treinamento oficial para este final de semana, em resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse não descartar uma alternativa militar para o país.
A emissora de televisão estatal VTV exibiu manobras militares, práticas de tiro e aterrissagem em pelo menos cinco das 24 entidades federais da Venezuela. As ações foram lideradas por membros da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e, em alguns casos, contaram com a participação de civis.
De acordo com a agência estatal de notícias AVN, práticas similares têm sido realizadas ao longo da semana em uma dezena de cidades do interior do país. A força-tarefa organizada é uma preparação para o "exercício de defesa integral Soberania Bolivariana 2017”.
Estima-se que cerca de 10 mil militares devem chegar ao estado de Miranda, que cobre boa parte de Caracas, entre sábado e domingo. Além disso, o governo espera que mais de 100 mil venezuelanos, entre civis e soldados, participem da ação, em cidades como Azoátegui e Zulia, que faz fronteira com a Colômbia.
Segundo Maduro, trata-se de um "exercício nacional cívico-militar de defesa integral armada da pátria venezuelana que se dará em todo o território nacional”. Ele detalhou o plano na última semana, diante de milhares de pessoas em Caracas, durante um ato em rejeição à advertência de Trump.
A chamada “revolução bolivariana” realizou um exercício similar no qual participaram cerca de 500 mil pessoas em janeiro, quando o governo dos EUA decidiu prolongar o decreto emitido em 2015 que considera a Venezuela uma "ameaça extraordinária".
"Queremos paz? Preparemo-nos para defender a paz com tanques, aviões, fuzis, mísseis e o principal: o coração formoso do povo nobre de (Simón) Bolívar e de (Hugo) Chávez", argumentou o líder chavista.
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