Há 11 dias, joias penhoradas no valor de R$ 4 milhões foram roubadas de uma agência da Caixa na Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, zona sul de São Paulo. Dez bandidos cortaram a energia, renderam vigilantes e pegaram as joias do cofre.
Desde então, os proprietários dos objetos estão buscando ressarcimento, mas a situação se tornou dramática. Ana Maria Duarte, por exemplo, penhorou joias, avaliadas em R$ 12 mil, naquela agência, e recebeu apenas R$ 4 mil na forma de empréstimo.
Com o roubo, ela foi informada pela Caixa que o seguro cobrirá uma vez e meia o valor do empréstimo concedido a ela, como está previsto no contrato. Ou seja: Ana Maria vai receber R$ 6 mil, o que é metade do preço total dos objetos, e ainda terá que quitar o empréstimo que pegou no banco.
Por conta de tudo isso, Ana Maria, que deixou as joias com a promessa de segurança, sente que saiu no prejuízo.
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Em 2015, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu ganho de causa a uma cliente da Caixa que passou pelo mesmo problema da Ana Maria Duarte. As joias dela foram roubadas e o montante que seria reembolsado era bem aquém do valor de mercado dos objetos.
O relator do recurso no STJ, ministro Villas Bôas Cueva, considerou abusiva a cláusula do contrato que limitava a indenização. Ele determinou que o banco ressarcisse integralmente o prejuízo da consumidora, alegando que houve falha no serviço prestado pela instituição financeira.
A reportagem da Rádio Bandeirantes procurou a Caixa Econômica Federal, que respondeu por meio de nota: “O banco informa que já iniciou o procedimento para ressarcimento aos clientes, em razão da subtração das garantias do Penhor que estavam na agência Jardim Sul. Os clientes já estão sendo informados do ocorrido e o pagamento das indenizações começará a partir da próxima semana”.
Ana Maria Duarte, assim como outros proprietários das joias roubadas, considera injusta a atitude da Caixa. Ela se lembra de cada peça que deixou no banco, que, além da importância material, tinha valor sentimental.
A Polícia Federal instaurou inquérito, mas não divulga detalhes para não atrapalhar as investigações. Até agora, ninguém foi preso e nada foi recuperado.
A principal suspeita é que as informações tenham saído de dentro do banco, com a colaboração de um ou mais funcionários. A Caixa diz que “coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes”.
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