Frotas de drones comerciais vão sobrevoar a destruição causada pela tempestade tropical Harvey, em um teste sem precedentes da habilidade destas aeronaves não tripuladas. O objetivo é avaliar, para empresas de seguros dos EUA, os bilhões de dólares em danos causados pelo fenômeno natural e acelerar os pagamentos aos segurados.
"Harvey é uma oportunidade para testar quais drones são [realmente] capazes e quais são apenas brinquedos", disse George Mathew, presidente-executivo e líder do conselho da Kespry, empresa norte-americana de que fabrica aeronaves não tripuladas. "Harvey é um momento de referência para a indústria".
Nesta quarta-feira, a AT&T disse que começará a usar uma frota de 25 drones para acompanhar suas torres de celulares no sudeste do Texas, incluindo na cidade de Corpus Christi, que foi atingida pela tempestade.
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Câmeras de alta definição nos drones permitem que os engenheiros da operadora busquem danos em antenas e cabos, nas áreas onde torres de celulares podem não ser alcançadas devido a inundações, informou a companhia, ao garantir que está em conformidade com todas as diretrizes federais para voos seguros na área do desastre.
Já a Allstate Corp, segunda maior seguradora de imóveis do Texas, espera que sua frota de drones faça ao menos mil voos por semana nas áreas atingidas pela tempestade, disse o porta-voz da empresa, Justin Herndon.
A tecnologia para evitar obstáculos nos drones mais novos e a capacidade de definir parâmetros de voo exatos com o posicionamento global, conhecido como GEO-fencing, devem minimizar os acidentes que podem ter sido inevitáveis há alguns anos atrás, explicou o , presidente-executivo da companhia de drones Arch Aerial, Ryan Baker.
Não é um negócio pequeno: o Goldman Sachs estimou que indústrias como construção, agricultura e seguros investirão 13 bilhões de dólares em drones comerciais entre 2016 e 2020.
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