Apesar da convenção coletiva firmada há dois meses, o preço da gorjeta subiu e o salário dos garçons caiu por isso funcionários pedem mais transparência das empresas na divisão da caixinha.
O biólogo Paulo Sano almoça durante a semana na região de Pinheiros, na zona Oeste da capital paulista, onde trabalha. Ele já estava craque em adivinhar o preço das refeições, mas notou uma variação nas últimas semanas.
Em alguns restaurantes, o cliente tem agora a opção de pagar um adicional de 12, 13 ou até 15% da conta. Essa foi uma maneira encontrada pelos donos de amenizar as mudanças previstas na nova lei que regulamenta a caixinha dos garçons para o pagamento de encargos sociais, trabalhistas e previdenciários.
A diferença é incorporada ao salário do funcionário. Mas alguns garçons reclamam que a divisão final feita pelo dono não tem sido transparente, já que o caixa relativo à gorjeta não está sendo informado aos funcionários ao final do mês, como diz a lei.
Assim, o garçom teria certeza de quanto foi retido para o pagamento dos impostos e como fica o salário final dele, que ficou menor com a mudança. Alguns funcionários recebiam cerca de R$ 2.500,00 apenas com a caixinha. Agora, esse número fica, em média, em torno de R$ 1.000,00.
Com o último reajuste, o piso salarial de um garçom em São Paulo é de 1.289 reais. Segundo o sindicato dos restaurantes, bares e similares de São Paulo, cerca de 15 mil empresas ainda precisam se adequar às novas regras. De São Paulo, Bruna Barone.
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