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“Não me vejo como herói”, diz cobrador de ônibus

01/09/2017 00:00

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O cobrador Bruno Costa, que segurou o homem que ejaculou em uma passageira em um ônibus na Avenida Paulista na última terça-feira (29), afirmou que não se considera um herói. “Fico triste por me verem dessa forma, porque herói é quem salva a vítima e eu não salvei", afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Bruno, de 38 anos, contou que escutou passageiros gritando e percebeu a situação. Ele disse que em nenhum momento o agressor Diego Ferreira de Novais esboçou qualquer reação e que “simplesmente ficou acuado na porta de trás" do veículo.

Ouça a entrevista na íntegra: 


O cobrador ainda confirmou que evitou que o homem fosse agredido e condenou os comentários de que deveria ter batido nele. "Alguns passageiros perguntaram por que a gente não bateu nele, minha primeira reação também foi bater nele, eu também pensei em agredir ele, só que quando eu vi a menina, o jeito que ela estava”, contou.

"O certo é ele ser internado", diz pai de homem que ejaculou em passageira


Segundo ele, a decisão do juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto em soltar o agressor foi "lamentável". "Fiquei meio sem chão na hora que fiquei sabendo", disse.

Diego reúne cinco passagens pela polícia e 17 boletins de ocorrência por crimes sexuais. O pai dele, Salvador, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que o filho deveria ser internado urgentemente.

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Outros casos

O cobrador relatou que não é a primeira vez que vê cenas como essa no transporte público. “Isso acontece muito”, disse Bruno, que inclusive afirmou escutar muitas histórias presenciadas por outros companheiros de trabalho. 

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