Veja um resumo dos principais filmes que estreiam nos cinemas do país nesta semana:
De Canção em Canção
Vencedor de um Urso de Ouro em Berlim (Além da Linha Vermelha, 1999) e de uma Palma de Ouro em Cannes (A Árvore da Vida, 2011), o norte-americano Terrence Malick tornou-se um diretor cult, de quem sempre se espera o próximo filme.
Seu nono longa é De Canção em Canção, em que ele explora a cena roqueira em Austin, Texas, a partir do envolvimento amoroso de alguns personagens. São eles a jovem compositora Faye (Rooney Mara), o poderoso produtor Cook (Michael Fassbender) e um músico promissor, BV (Ryan Gosling). Os três formam um triângulo amoroso, no qual futuramente duas outras mulheres fora da cena musical terão um papel: Amanda (Cate Blanchett), que se aproxima de BV, e Rhonda (Natalie Portman), que se envolve com Cook.
Atrações à parte estão nas participações de músicos de várias gerações, como Patti Smith, Iggy Pop, Red Hot Chili Peppers, Lykke Li, Black Lips e John Lydon.
Transformers – O Último Cavaleiro
A boa notícia no novo Transformers é que, pelo preço de um filme, vê-se meia dúzia. A má notícia é que nenhum deles é exatamente bom – mas isso também não é novidade em se tratando da franquia. Dirigido por Michael Bay, o longa retrata uma guerra entre robôs gigantes de outro planeta que querem dominar a Terra.
Os humanos – Mark Wahlberg e Anthony Hopkins, entre outros – são coadjuvantes que servem para ser arremessados e/ou pisados pelas criaturas. O filme começa na Inglaterra medieval e cria um pretexto para ligar a lenda do Rei Arthur às criaturas alienígenas.
A bem da verdade, a sub-trama arthuriana é até divertida e criativa – mais inventiva do que o filme inteiro de Guy Ritchie, o recente Rei Arthur – A Lenda da Espada. Mas está tão soterrada de ferro-velho galáctico que se transforma num robô que, quando vem à tona, é tarde demais.
Tal Mãe, Tal Filha
Juliette Binoche é uma grande atriz dramática, mas raramente acerta na comédia – e uma das provas disso é Tal Mãe, Tal Filha, de Noémie Saglio. No filme, ela interpreta Mado, mulher de quase 50 anos e pouco ajuizada, ao contrário de sua filha, Avril (Camille Cottin), de 30 anos, e dona de uma vida bem mais regrada.
Quando Avril engravida, no entanto, Mado fica indignada – não se imagina uma avó! Porém, ela mesma acaba tendo uma recaída com o ex-marido (Lambert Wilson), e também engravida, o que gera uma competição emocional entre as duas mulheres.
Com personagens que beiram a histeria e/ou a idiotice, a comédia é incapaz de extrair uma gota de humanidade ou humor genuíno das situações. Tudo é exagerado, caricato e enfadonho. Talvez um eventual futuro remake americano seja mais competente, se acertar o tom.
Monsieur & Madame Adelman
Victor (interpretado pelo roteirista e diretor do filme Nicolas Bedos) é um aspirante a escritor que fica indignado de inveja quando, nos anos 70, Patrick Modiano ganha um prestigioso prêmio literário: "Os livros dele são ruins e convencionais. Livros escritos pelo vovô!", pragueja em direção à televisão. Curiosamente, essas mesmas palavras podem ser empregadas em relação a