Como parte das comemorações de um ano do jogo Pokémon GO, a empresa Niantic desafiou os jogadores a capturarem o máximo de monstrinhos de bolso no mundo inteiro neste sábado, dia 22.
O desafio deu certo. Centenas de pessoas se reuniram em áreas públicas, como o Parque Ibirapuera, em São Paulo, para conseguirem desbloquear um "desafio misterioso". "A febre não passou. O jogo ainda movimenta as pessoas e faz a gente sair de casa até em dias frios", disse o estudante Paulo Mário, de 15 anos.
"O que eu estaria fazendo agora, nas férias, se eu não estivesse jogando Pokémon Go?", questionou ainda. Os organizadores dos grupos de fãs de Pokémon Go estimam que mais de três mil pessoas participaram do evento no Ibirapuera. Após horas de caçadas aos monstrinhos virtuais, os jogadores completaram o desafio e agora terão a chance de capturar o primeiro Pokémon lendário dentro do game mobile: Lugia.
Apesar do movimento intenso no parque por causa do evento especial, os jogadores mudaram bastante a forma de interagir. Há um ano, quando aparecia um Pokémon raro, era melhor sair da frente: pessoas corriam de todos os lados atrás da criatura virtual.
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"Quando o jogo chegou ao Brasil, o Parque do Ibirapuera era uma loucura. Todo mundo correndo para todo lado", lembra Jeffrey William Lobão, de 27 anos, proprietário de um estacionamento. "Atualmente, as pessoas estão mais tranquilas. Ficam sentadas e comem um salgado enquanto esperam algum Pokémon raro aparecer", afirmou.
Agora, uma pessoa avisa os restantes quando avista um novo Pokémon ou uma batalha começa. As pessoas caminham sem correr para o local, em uma espécie de procissão. Com isso, o jogo ganhou um aspecto social importante, que não existia um ano atrás, quando imperava o silêncio e a concentração entre os jogadores.
"Tenho um grupo no WhatsApp com mais de cem pessoas interessadas e que conversa todo dia para saber de novidades do jogo", afirma André Medeiros, que é chef de cozinha e costuma ir para o parque antes do trabalho.
"Quando a gente vem para o Ibirapuera, passa o dia conversando. E não é apenas por causa do Pokémon Go. Nós criamos um grupo com pessoas que se veem pelo menos uma vez por semana. É divertido e faz o estresse passar antes de um dia de trabalho puxado que vem pela frente", finaliza. Com isso, o clima dentre os jogadores no Ibirapuera é o de uma equipe praticando um esporte coletivo, no qual todos se ajudam; antes, cada um estava preocupado em melhorar seu desempenho individual.
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