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Pitty volta à ativa e fala sobre homofobia e machismo

02/08/2017 00:00

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Pitty está de volta. Após ficar um ano longe dos palcos para cuidar da pequena Madalena, fruto de seu relacionamento com o marido e baterista do NX Zero, Daniel Weksler, a cantora baiana de 39 anos lança nesta sexta-feira, dia 4, a primeira música inédita após seu período de licença-maternidade. Na Pele foi gravada em parceria com a cantora Elza Soares e estará disponível em todas as plataformas digitais.

"Cada frase da canção tem a ver com a história da Elza", disse a vocalista. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S Paulo, Pitty falou sobre o retorno à música, machismo, homofobia, preconceito, maternidade e o atual momento do rock nacional. "Lidei com as estranhezas de ser uma mulher à frente de uma banda com um som pesado, contrariando o cansado estereótipo de som de menina ou a figura batida da diva. No começo, portanto, eu via muitos olhares desconfiados", afirmou a cantora. Leia abaixo trechos da conversa.

Em Na Pele, gravada com Elza Soares, você fala sobre empoderamento feminino. Como a letra dessa canção foi escrita?
O empoderamento feminino não é, necessariamente, o único assunto de Na Pele. Essa música fala também sobre o tempo, as vivências e a bagagem que a gente vai juntando e que nos forma. A letra traz essa metáfora da água sendo o tempo, que, ao longo da vida, cava leitos de rio na pele. Quando escrevi a canção, senti que ela não fazia parte do Setevidas, meu último disco de estúdio. Guardei, como faço com algumas composições. Acho que as musicas têm a hora certa de virem à tona.

Como surgiu a ideia de gravá-la com Elza Soares?
Na verdade, foi ela que quis que gravássemos juntas. Fiquei imaginando que essa letra, que é muito densa, tinha de ser entoada por uma voz igualmente densa. Mandei a música para ela. A Elza fez a proposta, o que me deixou muito feliz. Cada frase dessa letra tem a ver com a história da Elza Soares. Fiz essa música para ela, no fim das contas. Eu só não sabia disso naquele momento (risos).

ontem com ela. vem aí Na Pele, o clipe. #NaPele #ElzaSoares #Pitty

Uma publicação compartilhada por â?¡ï¸PITTYâ?¡ï¸ (@pitty) em Jul 15, 2017 às 6:42 PDT



O Brasil ainda é um país machista, homofóbico e preconceituoso?
Houve avanços, sim, principalmente porque existe a internet e as redes sociais que são ferramentas que democratizam a comunicação para o bem e para o mal. Hoje, é possível se manifestar e fazer barulho a respeito de vários assuntos sem estar necessariamente atrelado a um veículo de mídia tradicional. Temos visto muitas manifestações nesse sent