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Steven Tyler garante que Aerosmith vai continuar por muitos anos

10/09/2017 00:00

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Com uma pergunta despretensiosa, Steven Tyler pode divagar por minutos e mais minutos a respeito de outras tantas coisas – e talvez jamais responder àquilo que lhe foi questionado em primeiro lugar. E tudo bem.

No caso daquela ligação com o vocalista do Aerosmith, o tema era a primeira turnê do Aerosmith no Brasil, em 1994, no momento no qual a banda, já veterana e com mais de 30 anos de estrada, se reergueu com o bem sucedido Get a Grip (1993).

Foi o primeiro disco deles a chegar ao topo das paradas de sucesso norte-americanas impulsionado pelas powerbalads Cryin', Crazy e Amazing, canções certeiras para conquistar os jovens corações partidos que assistiam à MTV na época.

Em vez de falar sobre isso – ele o faria mais tarde, no mesmo papo telefônico –, Tyler preferiu lembrar de um voo que pegou durante a década 1970, quando percebeu que, sentados à sua frente, estavam Jimmy Page e Robert Plant, guitarra e voz do Led Zeppelin. E, a partir daí, derreteu-se com a capacidade da banda inglesa de absorver o blues norte-americano e transformá-lo em algo único. "Eles vão sair em turnê no ano que vem, não é?", diz.

O retorno do Zeppelin, a não ser que Tyler tenha uma fonte confiável, não está confirmado. Mas bandas mudam de ideia, não é? O mesmo pode ser dito do Aerosmith, por exemplo, que se apresentou em terras brasileiras no ano passado em tom de despedida. O grupo havia anunciado um "farewell tour", uma "turnê de despedida", em tradução livre, e Joe Perry falava, ao Estado de S. Paulo, com desânimo a respeito do futuro da banda.

Ao longo da entrevista, Perry deixava dicas de que a banda estava, mesmo, em vias de se aposentar. "Nunca podemos saber se determinado show será o último que fazemos naquele país", disse. Ou também: "Não vou mentir ou fingir que isso não existe. Não posso ignorar o fato de que a banda não vai durar para sempre." Ranzinza, o guitarrista dizia não querer "ser uma sombra" do que já foi. "O que quero dizer é que vamos tocar os shows como se fossem os últimos. Se for uma turnê de despedida, que seja. Estamos vivendo no limite há muito tempo".

A história da despedida do Aerosmith ficou para trás, garante Tyler. E a banda continuará, segundo seu vocalista, em frente por um tempo. Inclusive com uma nova viagem pelo Brasil. Serão quatro apresentações por aqui: em Belo Horizonte (Esplanada do Mineirão, dia 18), Rio de Janeiro (Rock in Rio, dia 21), São Paulo (no festival São Paulo Trip, no Allianz Parque, dia 24) e Curitiba (Pedreira Paulo Leminsky, dia 27).

"Estar no palco é o que mais gostamos de fazer. Estamos tentando nos tornar a última banda a permanecer em pé", brinca. E há alguma razão nisso, mesmo. O Aerosmith segue junto a 47 anos, algo bastante invejável. "O fim nunca chegará ao Aerosmith. Assim que falamos da história da despedida, percebemos que estava errado. Enquanto aguentar estar cantar Dream On e Don’t Want to Miss a Thing, vou fazer isso". 

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