Um documentário sobre a vida do renomado guitarrista Eric Clapton não tenta apagar o lado mais escuro da vida do músico como o vício em álcool, embora tenha sido dirigido por sua grande amiga Lili Fini Zanuck.
A cineasta, que conhece o astro há 25 anos, dirigiu Eric Clapton: Life in 12 Bars, que acompanha a vida do guitarrista britânico de 72 anos, da infância ao estrelato internacional, através de sua luta contra as drogas e a morte de seu filho de 4 anos.
"Me assistir passando por aquilo não foi fácil”, disse Clapton no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde o filme estreou nessa segunda-feira, dia 11. "Até o momento em que parei de beber, tudo que eu disse era completa bobagem”.
Em sua autobiografia de 2007, Clapton descreveu um vício de 20 anos em drogas e álcool, com o qual disse ter gasto cerca de US$ 16 mil (equivalente a R$ 50 mil) por semana em heroína na década de 1970. A morte de seu filho Conor, em uma queda de um arranha-céu em Nova York, foi o gatilho para sua sobriedade.
O músico, que é produtor do filme, falou sobre as dificuldades de ter sua vida documentada em tela e fazer entrevistas com Zanuck em um filme que não se afasta de examinar suas falhas: "Eu não gosto de ter fotos minhas tiradas, eu não gosto de conversar com jornalistas. Eu amo tocar música”.
Zanuck, que venceu um Oscar em 1989 por Conduzindo Miss Daisy, disse que o documentário fala de redenção. "Para mim, o filme é sobre redenção – redenção pessoal, não necessariamente o que a sociedade pensa. Ninguém lhe tirou do desespero, ele mesmo fez isto”, disse.
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