Milhares de fãs pediram aos estúdios da Warner Bros para que a Mulher-Maravilha assuma a sua bissexualidade na sequência do filme da heroína, criando a primeira grande personagem LGBTQ+ no cinema geek.

Quase 6 mil pessoas assinaram uma petição, que foi iniciada por Gianna Collier-Pitts, ex-embaixadora estudantil do grupo estadunidense Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês).

Collier-Pitts disse ter tomado a iniciativa porque a Warner Bros não abordou a sexualidade da Mulher-Maravilha, embora se aluda há anos o fato de ela ser bissexual, principalmente nos quadrinhos.

Greg Rucka, autor de quadrinhos estadunidense que produziu uma nova série da Mulher-Maravilha para a editora DC Comics no ano passado, disse ao site de fãs de quadrinhos Comicosity que a heroína é "obviamente" bissexual.

"Tudo que peço é que a Warner Bros reconheça Diana Prince diretamente pelo que ela é, pelo que sempre foi (independentemente de seus interesses amorosos atuais), e o que seu personagem poderia representar para milhões de pessoas", escreveu a estudante. Ela ainda disse que o padrão é muito baixo quando se trata de representar mulheres e personagens LBGTQ+ de maneira positiva.

De acordo com o Índice de Responsabilidade dos Estúdios de 2016 da GLAAD, em 2016 apenas 17,5% dos 126 filmes lançados pelos sete maiores estúdios continham personagens LBGTQ+. Além disso, personagens LBGTQ+ masculinos presentes em lançamentos comerciais superam seus equivalentes femininos quase três vezes, mostrou a pesquisa.

A Mulher-Maravilha voltou aos cinemas neste ano, interpretada pela israelense Gal Gadot, e chegou ao topo das bilheterias, graças a uma onda de críticas positivas e ao empoderamento feminino.

"Tornar a Mulher-Maravilha bissexual no cinema faria dela o primeiro herói abertamente LGBTQ+ de qualquer gênero no universo cinematográfico DC ou Marvel e consolidaria seu lugar como verdadeiro exemplo para mulheres de todas as idades e identidades", argumentou Collier-Pitts.

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