SP na Rua transforma Centro em grande festa

28/10/2017 00:00

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O Centro de São Paulo se transforma em uma grande festa para celebrar a liberdade na noite deste sábado (28), durante a quarta edição do SP na Rua, evento que faz parte do Mês da Cultura Independente.

A iniciativa reúne mais de 40 coletivos, que colocam o público para dançar com música brasileira, eletrônica, dubstep e rap, entre outros. Serão 12 horas de programação ininterrupta, das 20h às 8h.

São 20 pontos distribuídos por um perímetro de 800 metros, que abrange o Deck do Largo São Francisco, o Coreto da Bolsa, o Boulevard São João e a Rua Barão de Paranapiacaba – a caminhada mais longa entre as atrações é de no máximo 10 minutos.

Akin Bicudo, um dos conselheiros e curadores da seleção de coletivos junto à Secretaria Municipal de Cultura, que promove o evento, destaca o caráter democrático, inclusivo e de conexão com a cidade das festas do SP na Rua.

"O SP na Rua sempre foi um encontro de grande importância, não só para o cenário underground, mas também para a cidade como um todo, pois reúne de maneira democrática toda a diversidade que faz parte dela”, afirma o DJ, que faz parte do coletivo Metanol.

Além da diversidade de ritmos, Akin também destaca a representatividade social agregada pelos "núcleos LGBT e da cultura negra, além de mais mulheres à frente de propostas que visam um maior protagonismo no cenário cultural".

Festa na rua: espaço para você ser quem é

“As opções que existem de entretenimento na cidade, em muitos casos, são elitizadas e de acesso muito restrito. A gente vive um momento em que as pessoas estão cansadas daquilo que é previsível, de um ambiente com exigências que talvez elas não queiram ter que lidar, com situações de constrangimento”, analisa Akin.

Ele ressalta que há uma ideia errada de “baderna” descontrolada quando se fala em festas de rua e que a “coisa parece muito de nicho porque ainda existe uma incompreensão muito grande” sobre a ocupação do espaço público.

“As pessoas buscam cada vez mais serem elas mesmas e as festas de rua representam só isso, na sua essência: espaços onde você pode ser quem é”, explica.

Uma dica para quem nunca foi ao evento? “Deixe a política em casa, porque não é um evento de direita ou esquerda. Por mais que seja endossado por uma prefeitura, os coletivos são apartidários. A gente representa o partido da livre expressão.”

Veja quais coletivos participam e onde as festas acontecem: