Hoje em dia a maioria dos processos seletivos é composta de várias fases. A seleção de currículos e as provas costumam preocupar os candidatos, mas é importante que quem busca um emprego não esqueça de se preparar para a entrevista. Essa fase é a única que permite um contato pessoal e, portanto, é o momento de prestar atenção ao comportamento.
"Não ter experiência no cargo e chegar atrasado são aspectos que os examinadores não costumam perdoar", afirma o especialista em RH e professor das universidades Estácio de Sá e Municipal de São Caetano do Sul, Luis Eduardo Gasparetto.
Segundo o professor, conhecer bem a empresa e os seus produtos é essencial para deixar claro seu interesse pelo cargo pretendido. Além disso, outras dicas importantes são: se vestir adequadamente, priorizando roupas sociais, evitando perfumes fortes e acessórios chamativos ou barulhentos; prestar atenção na postura ao se sentar e desligar o celular antes de entrar.
Gasparetto também ressalta a maneira de tratar o examinador: esperar que ele estenda a mão, cumprimentá-lo com firmeza, tratá-lo por senhor (a) e olhá-lo sempre nos olhos demonstram respeito e profissionalismo. Quanto ao olhar ele aconselha: “se você acha que vai te inibir, olhe para o nariz”.
Durante a entrevista, passar uma boa energia demonstrando vontade e não falar sempre no mesmo tom de voz são maneiras de manter o entrevistador interessado.
O professor também explica que algumas vezes o examinador pode fazer algumas pegadinhas, como oferecer um cigarro, que não deve nunca ser aceito. Ao fazer perguntas polêmicas ele também está avaliando seu comportamento, e não está interessado na sua opinião pessoal. “Pergunta polêmica geralmente diz respeito a religião, política ou futebol”, e nesses casos o candidato não deve ficar em cima do muro, mas também não deve se comprometer.
Uma dúvida frequente de quem procura emprego é como se autopromover sem parecer arrogante. Gasparetto ensina que ao falar sobre experiências passadas, sempre se deve usar o nós no lugar do eu, valorizando o trabalho em equipe. Além disso, quando perguntado, “fale de fraquezas situacionais e que podem ser corrigidas”, completa.
Outra grande questão é a da pretensão salarial. Mesmo sem ser perguntado, o candidato deve buscar se informar sobre a média salarial para aquela vaga em jornais, no sindicato, com amigos que exercem a mesma função em outra empresa ou até mesmo se basear em seu salário anterior. Fazendo uma média de todos esses dados, o candidato chega a um valor que pode variar de 10% abaixo a 15% acima, dependendo do tamanho da empresa.
Por fim, Gasparetto diz que o candidato não deve ter medo de fazer perguntas durante a entrevista, afinal, esse é o momento para tirar dúvidas. Perguntar sobre salário, benefícios e as atribuições do cargo ajudam a demonstrar interesse.
O professor acredita que essas dicas valem também para quem procura um estágio e cita outros diferenciais que podem ajudar durante o processo: ao se candidatar para a vaga, mandar um currículo impresso diretamente para a empresa pode fazê-lo se destacar, e no dia da entrevista ter uma cópia em mãos também pode ser útil.
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