Seis meses após a aprovação da guarda compartilhada, pais e juízes ainda estão se adaptando à nova lei, que prevê que o tempo de convivência com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada entre a mãe e o pai, e que os dois são responsáveis por decidir questões como escola e plano de saúde das crianças. A pensão alimentícia continua sendo uma obrigação.
Porém, as decisões pela guarda unilateral da mãe ainda representam 80% dos casos.
“Acho que em casos de litígios, os juízes, principalmente aqui em São Paulo têm tomado muito cuidado, eles estão pedindo que se faça exames psicossociais para verificar se realmente há aptidão para que realmente ocorra a guarda compartilhada”, explicou Nelson Sussumu, presidente da Comissão Direito de Família da OAB-SP.
A separação em si já é difícil para os filhos e quando a guarda deles vira uma disputa judicial o sofrimento pode ser ainda maior. Por isso, é preciso um esforço dos pais para que a mágoa do casal não seja transferida para as crianças.
“É importante ele [o filho] saber que se os pais brigaram, ele pode ser um mau marido ou mau esposo, mau namorado, mas pode ser um ótimo pai”, afirmou a psicóloga Dora Lorch.
Se não houver acordo entre os pais, a disputa na justiça pode levar de dois a cinco anos.
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