O número de casamentos aumentou, os paulistas estão casando cada vez mais tarde e, entre eles, muitos estão se casando novamente. É o que concluiu o estudo da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que analisou uniões legais do ano de 2014 em 830 cartórios de registro civil do Estado de São Paulo.
De acordo com a pesquisa, houve quase 300 mil casamentos no ano retrasado. O número é o maior de todo o período estudado pela fundação, que vai até o ano 2000, quando foram registrados quase 190 mil casamentos – um aumento de 57% (veja quadro ao lado).
A idade média dos cônjuges também cresceu notadamente nos últimos anos. Em 2005, por exemplo, as mulheres se casavam com 27,5 anos e os homens com 30,5 anos, em média.
Já no ano de 2014, ambos os sexos esperaram passar os 30 anos para consolidar o matrimônio. A idade média dos homens subiu para 33,4 anos e a das mulheres, para 30,7.
Para a analista Rosa Maria Vieira de Freiras, uma das responsáveis pelo levantamento, a maior espera se relaciona com a busca por estabilidade financeira. “Esse comportamento se deve ao maior tempo dedicado aos estudos e à busca pela inserção no mercado de trabalho, que acabam atrasando a realização da união legal”, afirmou.
Entre todos os casamentos do ano retrasado, em 25,6% deles a mulher era mais velha do que o homem. Enquanto em casamentos em que o homem é mais velho a diferença média de idade é de 2,7 anos, quando a mulher é mais velha que o homem a diferença salta para 4,5 anos.
Das mulheres que se casaram em 2014, 16,4% já havia se casado ao menos uma vez antes. Já os homens eram divorciados ou viúvos em 19% dos casos.
União do mesmo sexo
A Fundação Seade apontou que, em 2014, número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi de 2.051 – 4,3% a mais do que no ano anterior, quando se iniciou o estudo para o perfil. A união mais comum foi a entre mulheres, com quase 1,2 mil casos (56,2%).
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