As empresas de viagens e turismo estão prevendo um ano robusto na Europa graças à recuperação das economias locais e à queda no preço do petróleo.
Muitos relatórios recentes sobre dados econômicos superaram as expectativas, e os sinais de um restabelecimento longamente aguardado começam a transparecer nos lucros de empresas globais de destaque.
O presidente da companhia aérea Emirates Airline, Tim Clark, disse que o alívio quantitativo do Banco Central Europeu pode impulsionar a economia regional, enquanto que o petróleo mais barato, que pode reduzir os gastos com a commodity e com aquecimento, disponibilizará mais renda aos consumidores.
"As pessoas sofreram durante muito tempo, querem retomar suas vidas, começar a gastar, e viajar é parte disso", declarou ele durante a ITB (Bolsa Internacional de Turismo, na sigla em alemão), feira de negócios do setor turístico, em Berlim.
Agências de turismo como TUI, DER Touristik e Alltours têm relatado uma grande procura neste ano para destinos como Ilhas Canárias, Egito, Tailândia e até a Grécia, onde as incertezas políticas não espantaram os turistas.
O Soma Bay, um resort no Mar Vermelho, afirma ter visto um aumento no número de visitantes, cuja maioria tradicionalmente é de alemães, e de lucros em janeiro e fevereiro.
"A Páscoa promete muito... achamos que ficaremos lotados", disse o gerente-geral, Ibrahim El Missiri, à Reuters.
No ano passado, o Soma Bay teve que oferecer mimos como upgrades gratuitos e sessões adicionais de golfe para ocupar 85 por cento dos quartos na Páscoa, já que a irrupção da violência no Egito afetou as reservas.
A companhia aérea alemã Lufthansa, mais voltada às rotas comerciais, também espera tirar proveito da demanda crescente para viagens de passeio oferecendo voos de baixo custo para destinos longínquos como Cuba e Tailândia.
Outras empresas torcem para que o dólar forte atraia visitantes dos Estados Unidos à Europa.
"Como somos dominantes na Europa, seremos os primeiros beneficiários do número maior de viajantes norte-americanos", opinou Sebastien Bazin, diretor-executivo da rede de hotéis francesa Accor, à Reuters na IHIF, conferência do setor hoteleiro.
Várias empresas presentes à feira ITB disseram acreditar que a procura em 2015 irá superar a do ano passado.
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