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Espanhola Iberia reduz salário de pilotos em 20%

MADRI, 17 Abr 2012 (AFP)

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A companhia aérea espanhola Iberia anunciou nesta terça-feira que reduzirá em 20% os salários dos pilotos, o que representará uma economia anual de 62 milhões de euros, em pleno conflito social com essa categoria pela criação de uma filial de baixo custo, Iberia Express.

A companhia espanhola assegurou ter adotado medidas que incluem "um corte dos custos salariais dos pilotos em 20%, totalizando 62 milhões de euros", segundo um comunicado.

"O que acontece é que a companhia está perdendo dinheiro e há um problema de custos", explicou à AFP um porta-voz da empresa, afirmando que o salário médio dos pilotos está em torno dos 200.000 euros anuais (mais de 260.000 dólares).

Os cortes devem permitir um aumento da produtividade da categoria em 25%, com o objetivo de a companhia ser "mais competitiva e assegurar sua viabilidade em um contexto de crise econômica aguda", afirmou a aérea.

Estas medidas "afetarão apenas os pilotos, a única categoria com o qual, após mais de dois anos e meio de negociações, não pudemos chegar a um acordo sobre o convênio", afirmou.

Iberia assegurou que "independentemente das medidas hoje anunciadas, a companhia realiza um chamado à Sepla (sindicato dos pilotos) para que volte à mesa de negociação" e "não convoque a greve programada que tanto dano causa à empresa e aos clientes".

O sindicato respondeu que o anúncio da companhia é uma "provocação".

No momento, a Sepla não pleneja endurecer a greve, mas "pede uma arbitragem do governo", disse uma porta-voz. Mas, segundo a Sepla, "a direção (da Iberia) não quer negociar".

Para denunciar as condições de criação da Iberia Express, os pilotos da Iberia convocaram greve todas as segundas e sexta-feiras desde 9 de abril até 20 de julho, somando um total de 30 jornadas.

Uma primeira série de 12 dias de greve, lançada em dezembro, havia provocado a anulação de um terço dos voos em cada ocasião, com um custo total de 36 milhões de euros para a companhia.

A Iberia Express, filial de baixo custo destinada a cobrir o segmento deficitário dos voos de curta e média distância, iniciou sua atividade em 25 de março depois que a direção chegou a um acordo com a maior parte do pessoal, excluindo os pilotos.