O UFC está de volta ao Rio de Janeiro e, mais uma vez, o card vem recheado de brasileiros: as principais lutas da noite são José Aldo vs. Chad Mendes e Vitor Belfort vs. Anthony Johnson. Aldo defende o cinturão dos peso pena pela primeira vez no Brasil e a expectativa para a luta é grande.
Para saber o que esperar do dia 14 de janeiro, conversamos com Guilherme Pontes, colunista do site MMA Brasil, e Renata Aymoré, repórter do Canal Combate, e eles contaram tudo o que esperam ver dentro do octógono.
Aldo vs. Mendes
“Aldo tem a vantagem psicológica: é mais experimente e luta em casa”, afirma Guilherme. Mas dizer que a vitória garantida é difícil; invictos, os dois lutadores estão no topo da categoria peso pena, são lutadores completos.
“Os pontos fortes de ambos os lutadores se anulam. Aldo é o melhor trocador da categoria, Mendes, um exímio wrestler. Enquanto a luta se mantiver em pé, vantagem de Aldo. No chão, de Mendes, se estiver por cima.”
O colunista lembra o confronto do brasileiro com outro wrestler de alto nível, Urijah Faber, em que usou a sensata estratégia de manter a luta em pé e uma distância média e longa, por saber que Faber, assim como Mendes, bate forte.
Apesar do ponto fraco de Aldo ser o wrestling, é bom lembrar que o lutador tem treinado muito a arte e “provou que tem essa arma bem desenvolvida na luta contra Mark Hominick, no UFC 129” [vitória por decisão unânime que garantiu a defesa do cinturão]. E Aldo sabe derrubar, mas não é uma habilidade que se possa comparar a do americano. Já o ponto fraco de Mendes em relação ao oponente é trocação.
Em tempo, Guilherme fala também do peso: “A questão física merece atenção. Mendes não tem sofrido tanto para chegar ao peso da categoria, ao contrário de Aldo. Isso pode contribuir para o desenvolvimento da luta.”
Vitor Belfort vs. Anthony Johnson
A derrota para Anderson Silva pode ter mexido com Belfort, mas o lutador já se recuperou e “passou por cima de ‘Sexyama’ (apelido de Yoshihiro Akiyama) no melhor estilo Belfort: nocaute no primeiro round.” Mas Guilherme afirma que o problema do brasileiro é não saber como ele vai se comportar se o conflito passar do primeiro round, e acredita que Johnson se preparou para postergar ao máximo a luta. “Ele, que bate fortíssimo, não vai querer entrar numa guerra de patadas logo no primeiro round. ‘Cozinhar o galo’ faz parte da estratégia de qualquer oponente do Belfort.”
Apostas
Guilherme aposta nos brasileiros, que se estiverem bem treinados e relaxados, vão poder tirar vantagem de estar lutando em casa. Além de ver a vitória de Vitor Belfort por nocaute ou nocaute técnico, e de José Aldo por decisão unânime, “vejo todos os brasileiros vencendo seus combates.” Mas Johnson e Mike Pule, que enfrenta o golden boy Ricardo Funch, podem surpreender.
E Renata avisa: "Acho que devemos ficar de olho em Erick Silva, Edson Barboza
e Rousimar 'Toquinho' Palhares."