O mercado automotivo estava frio. Depois das vendas astronômicas do ano passado, houve uma desacelerada por parte do consumidor, já que os bancos, responsáveis pelos financiamentos, aumentaram o rigor na aprovação do crédito por conta da grande inadimplência. E foi aí que o governo entrou no circuito para facilitar o esvaziamento dos pátios das montadoras reduzindo o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do carro zero-quilômetro.
Já no mês de maio, quando a medida foi aprovada, as concessionárias sentiram uma mudança significativa no movimento e nas vendas. Para se ter uma ideia da diferença que o corte no imposto fez no preço final, um veículo que era vendido por R$ 37 mil, agora, sai a R$ 33,5 mil. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a média de vendas por dia útil em junho deve ser 8% superior em comparação ao mês passado.
Outro bom motivo para você que quer trocar de carro ou parar, por exemplo, de ir a pé para as baladas é que a redução na taxa de juros facilitou a obtenção do acesso ao crédito nas instituições financeiras. Numa simulação feita com essa nova realidade, uma parcela, num financiamento de 60 meses com entrada, que saia a R$ 850 caiu para R$ 700.
E o melhor de tudo é que esse cenário gerou uma guerra entre os concorrentes para atrair a clientela. Então, não se furte a pedir descontos em vantagens, que vão desde a redução do preço até a inclusão de um acessório opcional. Aproveite a internet para pesquisar bastante, pois o valor do automóvel pode variar, inclusive, conforme a região da revenda. As lojas em bairros nobres costumam cobrar mais que nas áreas mais populares.
Eu sei que você não vê a hora de dizer para aquela gata que você terá como buscá-la no seu carango novo, mas não seja afoito na hora de fechar o negócio. Sem dúvida, quitar no ato é o melhor, mas isso é para poucos. Se você tiver 50% do valor do automóvel para investir, isso ajuda muito, pois o restante pode ser financiado em 12 parcelas sem juros.
Mas se você já tem um carro e quer usá-lo no negócio, fique atento à cotação das concessionárias. Lute para que seu veículo entre na jogada com preço de mercado. E se o seu automóvel ainda não foi quitado, não se desanime. Para isso, é preciso que os carnês estejam em dia e que o valor no novo seja igual ou superior ao seu. Alguns bancos cobram uma taxa de R$ 450 pela migração do plano.