Corrida de drones: um esporte futurista que já se tornou realidade A cada dia a modalidade ganha mais adeptos e já conta com entidades organizadoras de competições gplus
   

Corrida de drones: um esporte futurista que já se tornou realidade

A cada dia a modalidade ganha mais adeptos e já conta com entidades organizadoras de competições

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Até pouco tempo drone racing seria classificada como um “esporte futurista”. Mas hoje já se tornou realidade e a cada dia ganha mais adeptos no mundo todo. Vistos de longe, drones voando a altas velocidades já despertariam a curiosidade em qualquer um. Porém, é quando se acompanha as imagens vistas pelos próprios pilotos durante a corrida que a modalidade se mostra eletrizante para os espectadores. É como assistir em primeira pessoa a uma corrida em que é tênue a linha que separa o sucesso de uma coalizão fatal (somente para os drones, felizmente). Adrenalina na certa.

Acompanhar a posição dos drones em tempo real é uma necessidade para os pilotos. Entretanto, visto que em algumas corridas a distância entre os pilotos e seus drones chega a ser de até 1 quilômetro, saber exatamente onde o drone está pode não ser uma tarefa simples. Para resolver esse empecilho, cada drone possui uma câmera frontal responsável por transmitir em tempo real as imagens diretamente para os óculos de realidade virtual utilizados pelos pilotos. 

Nos Estados Unidos a Drone Racing League (DRL) fará sua primeira temporada da história. A liga contará com 17 pilotos profissionais e todos utilizarão o drone DRL Racer 2, produzido pela própria liga para que as condições sejam as mesmas entre os competidores. Esses drones, que chegam a mais de 80 mph (por volta de 128 km/h), são feitos a partir de fibra de carbono e possuem luzes LED para serem mais bem identificados durante as provas.

Após a corrida de pré-temporada que foi realizado no ano passado em Nova York, a DRL se prepara para a estreia de sua primeira temporada na corrida que acontecerá em Miami no dia 22 de fevereiro. Os pilotos mais bem colocados serão classificados para o Campeonato Mundial de Drone Racing, organizado pela Drone Worlds, e que nesse ano será realizado na ilha havaiana de Kualoa Ranch entre o dia 17 e 22 de outubro.

Sem relação com a Drone Worlds, a World Drone Prix (WDP) realizará em Dubai uma corrida que dará 1 milhão de dólares para o vencedor. O evento será realizado em etapa única no dia 11 de março e reunirá pilotos e equipes do mundo todo.

Drone racing no Brasil
No Brasil, a maior organização da modalidade é a Drone Racing Brasil (DRB), que há um ano realiza corridas por aqui. No inicio de janeiro a DRB planejava uma qualificatória para o World Drone Prix. Entretanto, o evento teve que ser cancelado já que, segundo a DRB, a WDP quebrou contrato de qualificação com vários países, inclusive com o Brasil. Esse ano, o foco da DRB é realizar o primeiro Campeonato Brasileiro de Drone Racing com vaga para o Mundial do Havaí.

Um esporte para poucos
Se um drone já é caro, e um óculos de realidade virtual também, não é de se esperar que drone racing seja um esporte barato. Geralmente, para ter um drone de corrida, é necessário que suas partes sejam compradas separadamente. Porém, como é muito difícil encontrar tais peças no Brasil, o mais normal é que elas sejam adquiridas por meio de sites estrangeiros, em dólares. As compras envolvem uma série de equipamentos que vão desde os mais baratos, como o transmissor e receptor de vídeos, que saem por volta de 25 dólares e 28 dólares, respectivamente, até os tais óculos de realidade virtual, os mais caros da lista, que, facilmente, chegam a custar 400 dólares em sites especializados como FPVmodel, Surveil Zone e Best Hobby Mal. Com sorte, o investimento inicial para se aventurar nesse esporte sai por volta dos 600 dólares, isso se você não espatifar seu drone na primeira curva mal feita em alta velocidade.


Guilherme de Souza Guilherme