São Paulo é uma cidade diversificada, caótica e muito violenta. Cenário perfeito para filmes, livros e por que não, games. Max Payne 3 vem para confirmar isso.
Criada pela produtora Rockstar Games, a mesma de jogos como GTA e L.A. Noire, traz novamente aos consoles a história do policial nova-iorquino Max Payne, que teve sua família assassinada pela máfia.
Max Payne (2001) e Max Payne 2 (2003) são o início série do herói que deram origem ao filme homônimo de 2008, estrelado por Mark Wahlberg (Os Infiltrados).
Após 10 anos dos acontecimentos ocorridos nos jogos anteriores, Max se encontra no fundo do poço, viciado em analgésicos e álcool. Eis que ele recebe uma proposta para começar de novo e trabalhar como segurança de um magnata do setor imobiliário na cidade de São Paulo. Ele se vê sozinho nas ruas de uma cidade estranha, rodeada de crimes e mistérios sobre o seu passado.
Somos apresentados a um personagem muito diferente dos jogos anteriores: mais velho e marcado por várias cicatrizes. Porém, a idade apenas aperfeiçoou a jogabilidade onde são incluídos novos movimentos, além de câmeras lentas e mecanismos de tiroteios muito mais realistas.
Uma das novidades já utilizadas pela produtora nos antigos jogos da série, e aperfeiçoadas em Red Dead Redempiton, é que o sistema RAGE permite maior precisão dos tiros durante os tiroteios. O repertório de armas está bem preciso. Pistolas, rifles e metralhadoras de alto calibre prometem danos de alto impacto de ambos os lados.
A Rockstar não poupou detalhes ao pesquisar São Paulo. Durante dois anos eles pesquisaram a vida na metrópole, desde a vida noturna na alta classe como o dia a dia nas favelas.
Porém, em vídeo divulgado ano passado, mostrou uma SP muito carioca, com direito a funk nos morros e sotaques cariocas. A produtora se desculpou e arrumou os deslizes.
Para eles, São Paulo é uma cidade com muita riqueza e poder, uma das metrópoles globais de mais alta ordem. A imensa desigualdade social, onde pobres sofrem no trânsito e ricos passeiam de helicópteros, também é abordada. No site mostram um extenso relatório, onde apresenta a ambiguidade da cidade. Uma das coisas que eles tentam explicar é o reality “Mulheres Ricas”, da TV Bandeirantes, onde as milionárias se exibem e gastam apenas pelo luxo.
Apesar de ser retratada com o máximo de fidelidade, foram feitas mudanças ficcionais para não ter problemas no país. Exemplo da polícia, que é retratada através da UFE – Unidade de Forças Especiais, com uniformes inspirados na Rota, GOE e no Bope. O Comando Sombra é a perigosa organização criminosa e o Crachá Preto, retrata os policiais corruptos. O nome é uma referência aos policiais que escondem suas identificações em operações ilegais.
A paixão pelo futebol também é retratada no game. O time Galatians é inspirado no Corinthians, com um logo parecido. Além disso, muitos dos personagens aparecem usando camisas que remetem a cores dos populares times brasileiros. Algumas atrações turísticas da cidade, como o Edifício Copam e a Ponte Estaiada, podem ser encontrados no jogo. Mesmo assim, algumas coisas não são compatíveis com a realidade paulista, como as docas do Tietê e corrida de Jet Ski nos rios, mas a produtora se esforçou ao máximo em mostrar uma São Paulo violenta e digna de games de ação, principal foco do game. Ainda são poucos os grandes jogos ambientados no Brasil, mostrando nossa realidade caótica e desigual.
Max Payne não está em São Paulo para livrá-la do crime organizado. Max está na cidade para proteger os milionários, dando a eles tranquilidade em suas noites de baladas. Max está fortemente armado e preparado. E o crime organizado também.
O jogo está disponível para PS3, XBOX 360 e PC.