Adeus lembranças ruins Chega de sofrer pelo passado! Escoceses descobrem como apagar memórias dolorosas da mente das pessoas gplus
   

Adeus lembranças ruins

Chega de sofrer pelo passado! Escoceses descobrem como apagar memórias dolorosas da mente das pessoas

Confira Também

Não são poucos os traumas e experiências terríveis capazes de atormentar o sossego do homem. Separações, falecimentos e acidentes às vezes acabam seguindo o indivíduo por uma vida inteira através de sua implacável memória humana. Mas a frustração acaba dando de encontro com a seguinte questão: será que um dia poderemos simplesmente deletar um evento incômodo de nossa mente e viver como se aquilo não houvesse acontecido?

Pesquisadores da Universidade de St. Andrews, na Escócia, apostam que sim. Enquanto estudava formas de melhorar a memória, Malcolm MacLeod, professor de Neurociência e Psicologia, cogitou a possibilidade de reverter os passos do trabalho para de fato ampliar nossa capacidade de esquecer. Em parceria com a pesquisadora Saima Noreen, ele decidiu encabeçar o projeto para ajudar portadores de memórias dolorosas que estariam contribuindo para transtornos psicológicos graves -- como depressão ou estresse pós-traumático.

Na primeira etapa do experimento, foi apresentada aos participantes uma série de 24 palavras, como “churrasco”, “teatro” e “rápido”. Em seguida, eles foram orientados a criar uma memória pessoal para cada termo e anotá-la numa folha de papel. Uma semana depois, eles retornaram ao local para rever o que haviam escrito. Os pesquisadores então os colocaram na frente de um computador onde as 24 palavras piscavam nas cores verde ou vermelha. Se o termo estivesse verde, a pessoa deveria retomar a lembrança correspondente -- caso contrário, a orientação era distrair a atenção para não relembrar.

Ao fim do experimento, os cientistas observaram uma queda de 12% no nível de detalhes remontados pela memória dos participantes. Embora o resultado não pareça lá tão promissor, MacLeod garante que o número é significativo. “A memória autobiográfica é tão vívida e rica que será incrivelmente difícil apagar eventos da própria experiência”, garante ele.

Enquanto os pesquisadores estão otimistas com a chance de um futuro livre de memórias ruins, ainda resta saber por quanto tempo o tratamento garante o esquecimento. Até lá o jeito é mesmo contar com as peguetes esporádicas para afogar as mágoas!