Tatuagem ocular Procurando um lugar diferente pra tatuar? Conheças os verdadeiros riscos de espetar uma agulha na parte branca dos olhos gplus
   

Tatuagem ocular

Procurando um lugar diferente pra tatuar? Conheças os verdadeiros riscos de espetar uma agulha na parte branca dos olhos

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A princípio você pode pensar que viu um vampiro ou um ser de outra dimensão, afinal não é todo dia que cruzamos com pessoas cuja esclera -- a parte branca dos olhos -- é vermelha, amarela ou preta. Mas se você acha que tatuar o terceiro olho é ir longe demais na expressão corporal é porque não conhece a moda que está desembarcando no Brasil: as tatuagens oculares.

Tudo começou nos EUA em 2007, quando Shannon Larratt, fundador do site de modificação corporal Bmezine.com buscava técnicas rudimentares de pigmentar a pele. Foi então que ele se deparou com documentos que apresentavam métodos antigos de corrigir a visão e colorir os olhos usados do século XIX.

Amante das tattoos, Larratt não pensou duas vezes antes de usar seus próprios globos oculares como cobaia. Na época, ele explicou que o pigmento injetado era o mesmo das tatuagens convencionais, porém aplicado através de uma seringa. Segundo Larrat, o tecido ocular é bastante resistente e preparado para conviver em meio a contaminantes. 

Por outro lado, o tatuador mineiro Gustavo Carvalho, ou GuuhGreen, alerta sobre os perigos de tatuar as vistas. “Entre as complicações, podemos citar hemorragia, infecção e perfuração, que podem levar à cegueira.Sou contra esse tipo de adorno, pois é irreversível, e existem muitos adornos oculares diferentes, que podem ser encontrados através das lentes de contato”, comenta ele.

GuuhGreen garante que já é possível encontrar pessoas com este tipo de tatuagem circulando pela Galeria do Rock, em São Paulo. “Por ser inovadora no universo das tatuagens, ela causa frisson em apaixonados pelas tattoos, porém é uma técnica nova e sem muitos conhecimentos específicos. No entanto, o processo é muito mais doloroso do que na pele, e deve ser realizado com agulhas hipodérmicas”, recomenda o tatuador. E aí, será que vale a pena o risco?