O goleiro Bruno, preso em julho de 2010, acusado de assassinar sua amante, Elisa Samúdio, ganhou o direito à liberdade condicional da Justiça de Minas Gerais, na segunda-feira (29). No entanto, para deixar a prisão, o jogador precisa aguardar o julgamento de um pedido de habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), relacionado ao processo. Até o momento, a matéria não entrou em pauta.
O advogado do atleta, Rui Pimenta, afirmou que ele pretende se reapresentar ao Flamengo, clube com o qual mantém contrato até dezembro deste ano, imediatamente. Apesar de o vínculo entre Bruno e a equipe carioca estar suspenso, por conta da detenção, o departamento jurídico rubro-negro afirmou que, não havendo nenhuma restrição para o cumprimento de suas funções, a decisão de reintegrar o goleiro ou não ficará a cargo do departamento de futebol.
O Fla ainda não se pronunciou oficialmente sobre a conduta a ser tomada caso o goleiro seja mesmo solto. O que se comenta na Gávea é que as chances de ele ser aproveitado são remotas. No entanto, em entrevista à Rádio Brasil, o advogado de Bruno garantiu que há propostas de clubes das principais regiões do País. Ele só não poderá atuar no exterior. Pimenta disse, ainda, que o sonho de seu cliente é chegar à Seleção Brasileira e pegar um pênalti batido por Messi em jogo contra a Argentina.
A pergunta que ficar no ar é a seguinte: vale a pena contratar Bruno? Fugindo à esfera judicial, até porque isso não cabe a nenhum jornalista, a discussão é no campo esportivo. Os pontos a serem debatidos são:
Como ele lidaria com a pressão da torcida adversária e, também, da própria, quando falhar? E se ele tiver que voltar para a prisão de novo? Ficaria bem para o Flamengo, que tem um histórico recente de confusões policiais e de comando envolvendo Adriano, Vagner Love e Ronaldinho Gaúcho, ter um goleiro acusado de assassinato? Que vantagem técnica um clube teria contratando um atleta parado há dois anos? Em resumo, sua incorporação a qualquer time do País seria um negócio nem um pouco vantajoso.