A Parmalat e a década do Palmeiras Parceria, iniciada em 1992, tirou time da fila de 17 anos e foi responsável pela fase mais vitoriosa da história do clube gplus
   

A Parmalat e a década do Palmeiras

Parceria, iniciada em 1992, tirou time da fila de 17 anos e foi responsável pela fase mais vitoriosa da história do clube

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No dia 07 de abril de 1992, a Sociedade Esportiva Palmeiras fechava o contrato de patrocínio mais emblemático do futebol brasileiro. A multinacional Parmalat, italiana, como as origens do Verdão, chegava ao Parque Antártica para co-gerir todos as modalidades esportivas do clube, sendo o futebol o carro-chefe.  

Com isso, a Parmalat, através de seu então gerente, José Carlos Brunoro, tomou decisões junto com a diretoria do Palmeiras, principalmente nas contrações, cujo lucro nas futuras vendas ela tinha grande retorno. Algo até então inédito entre os grandes clubes do País. Foi como se a instituição tivesse terceirizado o departamento de futebol da data de início de contrato até o término do último acordo, em 31 de dezembro de 2000.

Se fosse o caso de listar todos os jogadores comprados e repassados ao Verdão, a matéria ficaria com cara de lista de aprovados em concurso público. Foram muitos e a maioria de grande qualidade, como Edmundo, Mazinho, Zinho, Roberto Carlos, Edílson, Rivaldo, Rincón, Djalminha, Cafu, Paulo Nunes, Antônio Carlos, Cléber, Asprilla, Flávio Conceição, Arce, entre outros. Já Evair, um dos heróis dessa fase, fora contratado antes da “Era Parmalat”.

Até o primeiro título conquistado pelo Palmeiras com a ajuda da parceria, o inesquecível Paulista de 93, com direito a goleada sobre seu maior rival, o Corinthians, na decisão, o time vinha de um jejum de canecos desde o Paulistão de 1974. Em compensação, a década de 1990 foi a mais vitoriosa da história do clube. Ao todo, foram 23 taças erguidas, com destaque para o bi-Paulista 93-94, bi-Brasileiro 93-94, a Copa do Brasil de 1998 e, claro, a Taça Libertadores de 1999.  

O Palmeiras-Parmalat tem duas fases que se dividem como dois “reinados”, o de Luxemburgo e Felipão. O primeiro construiu a máquina de 93/94 e tirou a equipe da fila de 17 anos. Já Scolari comandou o time que ganhou a tão sonhada Libertadores para a torcida palestrina. Ambos voltaram a dirigir o Verdão depois que a multinacional italiana saiu, mas o rendimento foi aquém das glórias do passado.

A maior derrota dessa fase de ouro foi a derrota para o Manchester United no Mundial Interclubes de 1999, no Japão. Numa falha do já canonizado “São Marcos”, os ingleses fizeram o único gol da partida que definiu o campeão do mundo daquele ano. Mas o saldo é altamente positivo e todo os envolvidos, desde a torcida até os dirigentes e atletas, têm orgulho de terem escrito e presenciado o capítulo mais feliz de uma história chamada Sociedade Esportiva Palmeiras.