Se você perguntar para um homem que tipo de mulher ele gosta, provavelmente ele não vai se comprometer em dizer que prefere as “burrinhas sonolentas”-- ou, em último caso, aquelas que já passaram da conta na birita. No entanto, um novo estudo revela que são precisamente estas características que os machos procuram ao “caçar” uma trepada expressa para uma noite e nada mais.
Num artigo publicado pelo jornal científico Evolution and Human Behavior, a estudante Cari Goetz e suas colegas da Universidade do Texas, em Austin, investigaram o que elas chamam de “hipótese da explorabilidade”. A pesquisa testou voluntários para saber se qualquer indicação de que a mulher baixou a guarda -- demonstrando ser, portanto, sexualmente explorável -- realmente deixa os homens excitados no geral.
As estudantes pediram para que para que 103 homens e 91 mulheres descrevessem algumas “pistas, ações específicas, posturas corporais, atitudes e características pessoais” femininas que pudessem demonstrar receptividade ou vulnerabilidade ao sexo. Os voluntários então criaram uma lista de 88 sinais que mostram quando elas estão “no jeito” para o homem que procura alvo fácil. Entre as bandeiras que elas dão estão: “lamber ou morder os lábios, olhar por cima do ombro, sonolência, embriaguez, roupas justas, gordurinhas, baixa estatura, falta de inteligência, exibicionismo e tocar os seios”.
Goetz e sua equipe apresentaram imagens dos 88 itens a 76 participantes do sexo masculino numa sequência aleatória. Em seguinda, pediram para que avaliassem a atração geral que cada mulher inspirava, o quão fácil seria “explorá-la” utilizando uma variedade de táticas (desde sedução à força física) e a expectativa de relacionamento no curto e no longo prazo.
Os resultados mostraram que mulheres robustas e baixinhas não provocam tanto os homens -- eles não as consideraram possíveis parceiras tanto para uma relação casual quanto um casamento. Por outro lado, as imagens de mulheres com aparência de imaturidade e pouca inteligência surtiram efeito: boa parte dos os homens encontra nelas a maneira mais fácil de tirar o atraso.
Além disso, as aparentemente mais burras também foram percebidas como sendo mais atraentes fisicamente do que as que inspiravam lucidez e inteligência. Mesmo assim, toda essa estima foi por água abaixo quando a questão envolvia casamento. Em outras palavras, elas são sensuais e desejáveis, mas apenas para encontros passageiros. A possível lógica por trás da evolução que justifica esse comportamento, segundo as autoras da pesquisa, é bastante simples: fêmeas que copulam com um maior número de machos representam uma ameaça para a continuidade do seu material genético em específico.