Albergue descolado Inspirado em hostels europeus, hospedagem-butique paulistana mistura hotel e pousada com requinte de cinco estrelas gplus
   

Albergue descolado

Inspirado em hostels europeus, hospedagem-butique paulistana mistura hotel e pousada com requinte de cinco estrelas

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Se você ainda pensa que ficar em albergues é sinônimo de desconforto e falta de privacidade é porque não conhece o Guest 607. Localizado na Rua João Moura, no bairro de Pinheiros, a mais nova hospedagem de São Paulo foi inaugurada há apenas dois meses, mas já promete fazer a alegria dos turistas que não querem gastar muito.

Meio hostel, meio pousada, a casinha azul de portas vermelhas pode enganar desavisados à primeira vista. No entanto, ela esconde facilidades e que você jamais imaginaria encontrar num albergue. 

O espaço dos seis quartos faz jus à pequena fachada da hospedagem paulistana. Por outro lado, o Guest 607 lembra bastante os novos hostels-butique europeus: traz camas-box, TV de LED com canais por assinatura e até dock para iPod. Será que você vai sentir saudades de casa?

No quarto coletivo, que custa R$ 100 por pessoa com café da manhã, os hóspedes contam com três beliches e banheiro externo. Já o quarto de casal oferece banheiro privativo (R$ 230 para duas pessoas com café) e decoração inusitada: papel de parede da marca Ralph Lauren. 

Pra quem pretende “rachar” com a galera, os outros quatro aposentos restantes acomodam até três pessoas e giram em torno de R$ 128-158. Metade deles divide dois banheiros, enquanto o outro grupo compartilha o mesmo sanitário. 

Além da decoração, a gastronomia é uma das grandes preocupações do Guest 607. No cardápio você encontra desde drinques assinados por Rafael Pizanti, ex-chefe do bar do Copacabana Palace, até receitas do chef paulistano Gustavo Rodrigues, que foi subchef do Remanso do Bosque, em Belém. 

Um menu inusitado desenvolvido por Rodrigues traz pratos como robalo assado com purê de palmito e abóbora tostada, galinha de panela e filé mignon com mandioca na manteiga, arroz de ervas e farofa de castanha de caju. O restaurante também é aberto ao público de segunda a domingo. 

Para chegar a este conceito, Cássia Saldanha, proprietária do negócio, passou dois anos na Europa ficando em hostels. O sobrado escolhido na capital é equipado ainda com uma cozinha profissional, a Cozinha Gourmand (fogão Lofra, batedeira, liquidificador e mixer da Kitchen Aid, pratos Rosenthal, talheres Oneida e panelas Staub).

Os hóspedes também têm a opção de comprar os ingredientes no mercado municipal, o mercadão, e preparar receitas pra lá de exclusivas junto ao chef. Embora este serviço seja cobrado à parte, não dá pra negar que o clima do Guest 607 deixa muitos hotéis “no chinelo” diante desses serviços e sua hospitalidade genuína. 

Saldanha revela ainda que seus clientes chegam a gastar até 3 mil reais numa estadia.