A época mais esperada do ano pela grande maioria dos brasileiros está chegando e com ela aquele famoso calor que Deus manda para aquecer o mais concorrido litoral do mundo. Uma ótima oportunidade para se divertir com os amigos, tomar aquela gelada e, claro, dar uma bela bronzeada para tirar, ao menos por alguns meses, o amarelo-escritório do corpo. Afinal, depois de fazer academia e dietas durante o ano inteiro, o bronze é para fechar com chave de ouro sua coleção de atrativos para colecionar gatas neste verão (e quebrar o recorde do ano passado).
Acontece que a expressão "o sol nasceu para todos" não parece ser muito verdadeira nesse caso em especial. Ficar vermelho é uma rotina muito comum para os homens de pele muito branca - e deste fato não há muito do que fugir. Na praia o protetor solar para você é uma obrigação e o bronzeador um verdadeiro vilão, que apenas acelera o processo natural do sol em deixá-lo todo tostado. Mas, por que isso acontece?
"Existem seis classificações de fototipos de pele, as quais definem a reação ao sol, que vão desde o tipo I, da pele bem clara que sempre fica avermelhada e nunca bronzeada, ao tipo VI, de peles mais negras, que nunca se queimam e são profundamente pigmentadas. A média das pessoas de pele branca está no tipo III, que são capazes de se bronzear gradual e moderadamente, mas que também se queimam", explica a dermatologista Maria de Fátima Garbero (CRMMG 21280).
Então, se você se encaixa nos primeiros casos (que nunca ou dificilmente conseguem atingir um bom bronzeado e só se queimam), não lhe restam muitas opções além de se entupir de protetores e bloqueadores solares. "Estas pessoas devem ser sempre protegidas do sol, pois nunca ficarão bronzeadas, só vermelhas com risco aumentado de câncer de pele, além do envelhecimento muito precoce (às vezes aos 40 anos parecem ter 60 ou mais)", aponta Ediléia Bagatin, dermatologista (CREMESP 37090), professora adjunta e vice-chefe do Departamento de Dermatologia da UNIFESP.
Fim da linha e do sonho do bronze para o verão 2011? Nada disso, há um método 100% seguro e muito mais rápido para você deixar de parecer um boneco de neve: o bronzeamento a jato.
Como funciona esse tal jato?
Trata-se sim de uma tinta, por incrível que pareça, mas que tem um alcance um pouco maior que apenas o lado de fora da epiderme. "Ocorre impregnação do pigmento na camada mais superficial da pele (camada córnea), que é a que se destaca visualmente e se descama gradativamente para a renovação celular - por isso o efeito vai desaparecendo", aponta Ediléia.
Ela ainda explica que o jato não envelhece, diferente do bronzeamento artificial com lâmpadas de ultravioleta das clínicas de bronzeamento, que inclusive está proibido no Brasil, por causar sim envelhecimento precoce e câncer de pele. "Por ser brasileira, já recebi cumprimentos por esse motivo de dermatologistas e professores de outros países durante Congressos no exterior, pois nós dermatologistas estamos observando um aumento na incidência do câncer de pele, inclusive melanoma, o câncer de pele mais grave e que se não for diagnosticado e tratado precocemente causa metástases e é fatal", aponta.
Agora, se esta aplicação a jato em clínicas não lhe apetece muito, grandes empresas têm lançado ao mercado diversos produtos que têm justamente essa intenção: proporcionar uma coloração semelhante ao bronzeamento natural. Tudo em suas mãos e em sua própria casa. Os preços não são salgados e o único cuidado exigido é no método de aplicação, que deve ser bem cuidadoso para manter uma coloração uniforme. A recomendação de um dermatologista ou esteticista é fundamental para saber qual produto terá os melhores resultados para seu tipo de pele.
